Kote Rodrigo/Efe
Dilma se encontra com José Luis Rodríguez Zapatero, governante da Espanha, em Madri
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MADRI
No quarto dia de seu giro pela Europa, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu ontem as críticas do seu adversário José Serra (PSDB) e negou que esteja fugindo de debates ou escondendo algo, como sugeriu o tucano anteontem.
"Eu só não fui à sabatina da Folha, e não me consta que a sabatina da Folha seja um debate", disse. Dilma já havia confirmado presença no evento, que teria ocorrido anteontem, mas foi cancelado pela candidata.
"Não vejo nenhum problema [em fazer a viagem, motivo alegado para o cancelamento]", afirmou, após se reunir com o presidente do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, na residência oficial, em Madri.
A candidata, que classificou seu giro pela Europa de "extremamente produtivo", passou pouco menos de três horas por dia em compromissos oficiais desde que chegou ao continente.
Ontem, chegou à capital espanhola por volta do meio-dia, almoçou e só se encontrou com o Zapatero pouco antes das 18h. O embaixador do Brasil na Espanha, Paulo Cesar de Oliveira Campos, participou da reunião, segundo sua assessoria.
Com Zapatero, Dilma disse ter discutido sobre parcerias, futebol e a crise na União Europeia e na Espanha, mas escorregou em discurso sobre a economia espanhola.
A petista disse que a Espanha "tem um deficit público muito pouco significativo do ponto de vista da realidade europeia", quando o país ibérico sustenta um deficit de mais de 11% de seu PIB (Produto Interno Bruto), quase quatro vezes acima do limite recomendando pelo bloco.
Ao deixar a cidade, a candidata se atrasou para o voo, com destino a Lisboa -onde se reúne hoje com o premiê português José Sócrates-, mas conseguiu embarcar.
