Prédio do instituto que pegou fogo no sábado contava apenas com extintores, que deveriam ser acionados manualmente
Em dezembro, curadores enviaram à Fapesp projeto que pedia sistema de detecção de fumaça e combate automático a incêndio
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
O prédio do Instituto Butantan que pegou fogo no sábado, onde ficavam os acervos de serpentes e artrópodes em formol e álcool, não tinha sistema automático de combate a incêndio. Projetado nos anos 1960, contava apenas com extintores, que deveriam ser acionados manualmente.
Em dezembro, um grupo de curadores encaminhou à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) um projeto de melhorias estruturais e administrativas nos acervos do Butantan orçado em cerca de R$ 1 milhão.
Um dos pontos destacados era a necessidade de instalação de sistemas de detecção de fumaça e combate automático a incêndio. Assim que o calor e a fumaça fossem detectados, um alarme seria disparado e gás seria liberado para apagar o fogo.
No sábado, o incêndio começou às 7h45. Não havia ninguém no prédio para acionar os extintores e grande parte do acervo foi destruída -o local abrigava a maior coleção de cobras do mundo.
Procurada pela Folha, a Fapesp não se pronunciou.
Um dia após o evento, o clima ontem entre os funcionários do Butantan era de desolação e indignação.
"É uma tragédia da proporção do incêndio da biblioteca de Alexandria", disse o curador da coleção de serpentes, Francisco Luís Franco.
Amanhã, quando o prédio interditado deve ser liberado para os funcionários, ele pretende fazer um levantamento mais exato da perda. "Só a coleção de serpentes tinha 85 mil exemplares. É possível que alguns não tenham sido queimados. Vamos fazer esse resgate."
Para esse trabalho, Franco vai contar com cientistas que viajaram de outros Estados para ajudar na reorganização dos acervos. É o caso do biólogo da UFRJ Paulo Passos, que veio do Rio logo que teve a notícia.
"Vim com um grupo de pesquisadores para tentar ajudar. Ficamos chocados com a notícia", disse Passos.
Em dezembro, curadores enviaram à Fapesp projeto que pedia sistema de detecção de fumaça e combate automático a incêndio
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
O prédio do Instituto Butantan que pegou fogo no sábado, onde ficavam os acervos de serpentes e artrópodes em formol e álcool, não tinha sistema automático de combate a incêndio. Projetado nos anos 1960, contava apenas com extintores, que deveriam ser acionados manualmente.
Em dezembro, um grupo de curadores encaminhou à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) um projeto de melhorias estruturais e administrativas nos acervos do Butantan orçado em cerca de R$ 1 milhão.
Um dos pontos destacados era a necessidade de instalação de sistemas de detecção de fumaça e combate automático a incêndio. Assim que o calor e a fumaça fossem detectados, um alarme seria disparado e gás seria liberado para apagar o fogo.
No sábado, o incêndio começou às 7h45. Não havia ninguém no prédio para acionar os extintores e grande parte do acervo foi destruída -o local abrigava a maior coleção de cobras do mundo.
Procurada pela Folha, a Fapesp não se pronunciou.
Um dia após o evento, o clima ontem entre os funcionários do Butantan era de desolação e indignação.
"É uma tragédia da proporção do incêndio da biblioteca de Alexandria", disse o curador da coleção de serpentes, Francisco Luís Franco.
Amanhã, quando o prédio interditado deve ser liberado para os funcionários, ele pretende fazer um levantamento mais exato da perda. "Só a coleção de serpentes tinha 85 mil exemplares. É possível que alguns não tenham sido queimados. Vamos fazer esse resgate."
Para esse trabalho, Franco vai contar com cientistas que viajaram de outros Estados para ajudar na reorganização dos acervos. É o caso do biólogo da UFRJ Paulo Passos, que veio do Rio logo que teve a notícia.
"Vim com um grupo de pesquisadores para tentar ajudar. Ficamos chocados com a notícia", disse Passos.
SERRA É RESPONSÁVEL POR ESSA TRAGÉDIA. O GOVERNO SERRA É RESPONSÁVEL POR ESSA TRAGÉDIA. PSDB É ISSO, O DESCASO COM AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS.