Renda, pacote do governo e juro menor estimulam crédito; especialista alerta para preço inflado de imóveis e diz que decisão de compra deve ser bem avaliada
MARIANA SALLOWICZ - DA REPORTAGEM LOCAL
Nos primeiros quatro meses do ano, a Caixa Econômica Federal emprestou R$ 21,17 bilhões em financiamento imobiliário -quase o total oferecido em 2008 (R$ 23,3 bilhões) e 124% a mais do que no mesmo período de 2009, segundo dados obtidos pela Folha.
Com o feirão da casa própria -que será realizado em São Paulo e também em outras 12 capitais-, o banco pretende impulsionar os resultados. A previsão é que os negócios realizados ou encaminhados durante os eventos totalizem R$ 3,5 bilhões. Haverá ainda 41 feiras de menor porte. "O mercado está aquecido por fatores que vão desde a favorável situação econômica, com o aumento da renda e mais famílias ascendendo à classe C, até as condições de financiamento dos imóveis, com juros a partir de 4,5% ao ano mais TR [Taxa Referencial]", diz Jorge Hereda, vice-presidente de governo da Caixa. O designer Thiago Pereira da Costa, 32, é um dos que conseguiram comprar o primeiro imóvel recentemente por causa dessas mudanças."Já tinha tentado financiar antes, mas os juros eram altos e o custo ficava muito acima do aluguel", afirma.
Após muita procura, Costa achou um imóvel e financiamento dentro do seu orçamento. Ele paga uma prestação de R$ 1.200, no lugar dos R$ 900 que gastava por mês em um flat. "É muito melhor poder pagar por algo que será meu." O professor do Insper Ricardo Rocha afirma que, apesar de o crédito estar mais acessível, os imóveis estão com valores elevados. "O crédito em abundância possibilita ao mercado embutir um preço maior." Por isso, o especialista diz que os custos estão altos e a decisão de comprar deve ser muito bem avaliada. Em cinco anos, os preços de casas e apartamentos novos subiram, em média, entre 30% e 40% na capital paulista, ante os 22% de inflação no período.
Expectativa - Em 2010, a Caixa espera voltar a registrar a maior contratação da história. A expectativa inicial, de R$ 50 bilhões, subiu para R$ 55 bilhões a R$ 60 bilhões. Além das condições econômicas, o programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida também explica os números recordes do banco. Lançado em abril do ano passado, a meta é que o programa financie 1 milhão de moradias para famílias com renda de até R$ 4.650 até o final deste ano. O último balanço da Caixa, do dia 3, aponta que o programa teve 429.021 contratos assinados, totalizando R$ 28,56 bilhões em investimentos.
Nos primeiros quatro meses do ano, a Caixa Econômica Federal emprestou R$ 21,17 bilhões em financiamento imobiliário -quase o total oferecido em 2008 (R$ 23,3 bilhões) e 124% a mais do que no mesmo período de 2009, segundo dados obtidos pela Folha.
Com o feirão da casa própria -que será realizado em São Paulo e também em outras 12 capitais-, o banco pretende impulsionar os resultados. A previsão é que os negócios realizados ou encaminhados durante os eventos totalizem R$ 3,5 bilhões. Haverá ainda 41 feiras de menor porte. "O mercado está aquecido por fatores que vão desde a favorável situação econômica, com o aumento da renda e mais famílias ascendendo à classe C, até as condições de financiamento dos imóveis, com juros a partir de 4,5% ao ano mais TR [Taxa Referencial]", diz Jorge Hereda, vice-presidente de governo da Caixa. O designer Thiago Pereira da Costa, 32, é um dos que conseguiram comprar o primeiro imóvel recentemente por causa dessas mudanças."Já tinha tentado financiar antes, mas os juros eram altos e o custo ficava muito acima do aluguel", afirma.
Após muita procura, Costa achou um imóvel e financiamento dentro do seu orçamento. Ele paga uma prestação de R$ 1.200, no lugar dos R$ 900 que gastava por mês em um flat. "É muito melhor poder pagar por algo que será meu." O professor do Insper Ricardo Rocha afirma que, apesar de o crédito estar mais acessível, os imóveis estão com valores elevados. "O crédito em abundância possibilita ao mercado embutir um preço maior." Por isso, o especialista diz que os custos estão altos e a decisão de comprar deve ser muito bem avaliada. Em cinco anos, os preços de casas e apartamentos novos subiram, em média, entre 30% e 40% na capital paulista, ante os 22% de inflação no período.
Expectativa - Em 2010, a Caixa espera voltar a registrar a maior contratação da história. A expectativa inicial, de R$ 50 bilhões, subiu para R$ 55 bilhões a R$ 60 bilhões. Além das condições econômicas, o programa habitacional do governo Minha Casa Minha Vida também explica os números recordes do banco. Lançado em abril do ano passado, a meta é que o programa financie 1 milhão de moradias para famílias com renda de até R$ 4.650 até o final deste ano. O último balanço da Caixa, do dia 3, aponta que o programa teve 429.021 contratos assinados, totalizando R$ 28,56 bilhões em investimentos.