08 abril 2010

Procurador-geral da República defende intervenção no DF porque a máquina da corrupção continua aparelhada pelos demo-tucanos


A corrupção revelada pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), registra só uma parcela do desvio de dinheiro público no Distrito Federal - esquema supostamente liderado pelo governador cassado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) chamado de mensalão do DEM -, segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Arruda seria apenas a ponta o Iceberg da corrupção demo-tucana

Gurgel afirmou que a situação é gravíssima e que há indícios de que a corrupção pode ser maior do que foi divulgado até agora.

"Estamos desde sempre prosseguindo e aprofundando as investigações. Há indícios de que além do que já foi revelado haveria muito mais em termos de irregularidades, em termos de uma corrupção disseminada pela máquina administrativa do Distrito Federal", declarou o Procurador-geral.

"A situação, diferentemente do que certas aparências possam indicar, continua extremamente grave."

Ou seja, Arruda saiu, mas o governo continua com um forte aparato de corrupção aparelhada em diversos cargos pelos operadores silenciosos do DEMos e dos tucanos.

Conexão Serra-Arruda

Além disso há as evidências do mensalão do DEM ter irrigado o caixa das campanhas em outros estados, além das empresas envolvidas no mensalão do DEM, atuarem na prefeitura de São Paulo, durante o governo Serra-Kassab, e no próprio governo paulista de José Serra, com quem Arruda fez diversos convênios enquanto os dois eram governadores.

Na compra de trens do Metrô de Brasília da ALSTOM (onde há indícios de superfaturamento e pagamento de propinas), José Serra fez questão de se envolver pessoalmente, prestigiando Arruda (foto abaixo).


Gurgel defendeu ontem a necessidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a intervenção no DF. "Na verdade, se tem procurado dar uma aparência de normalidade ao funcionamento das instituições do Distrito Federal. Mas é uma aparência que se limita à superfície", disse.

De acordo com o procurador, problemas graves persistem no Executivo e no Legislativo. "O Ministério Público continua convencido que (os problemas) só poderiam ser resolvidos com a decretação da intervenção federal", afirmou. O procurador é contra a realização de eleição indireta para escolha do novo governador. Segundo ele, o objetivo é tentar enfraquecer o pedido de intervenção. (Do Estadão).