O atual governador de São Paulo, Alberto Goldman, que sucedeu José Serra (PSDB) no governo do Estado, criou em 2001 o Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transportes e Meio Ambiente (Idelt), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OCIP), investigada pelo Ministério Público paulista por manter contratos suspeitos com governos do PSDB em São Paulo.O Idelt foi criado por Goldman, então vice-governador paulista juntamente com ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, Frederico Bussinger e o ex-presidente do Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa), Thomaz de Aquino Nogueira Neto. A OCIP, que tinha contratos com o governo do Estado e prefeituras tucanas, foi acusada de receber ao menos R$ 5 milhões dos cofres públicos. A entidade era presidida pela esposa do ex-secretário municipal, Vera Bussinger.
Os promotores analisaram 16 contratos e aditamentos, parte sem licitação, realizados entre o Idelt e o Dersa, Sabesp, Secretaria Estadual do Trabalho, prefeituras de São Paulo e Carapicuíba. As contratações referiam-se a cursos de qualificação profissional como assistente administrativo, reciclagem de lixo, conservação, limpeza e formação de mão de obra para fazer calçadas (calceteiro), além de assessoria técnica em transporte público e programas de água de reúso.
Um dos inquéritos foi aberto em 2007 pela Promotoria da Justiça e Cidadania e analisou quatro contratos e três aditamentos feitos entre o Idelt e a Dersa, que somaram mais de R$ 450 mil. Foram analisados ainda contratos de R$ 948 mil com a Prefeitura de São Paulo, firmados na gestão do então prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB). O procurador-geral de Justiça do Estado à época, Rodrigo Cesar Rebello Pinho, requereu o arquivamento de procedimento aberto contra o Idelt de Goldman
Brasília Confidencial