Por Delúbio Soares
Não por acaso, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, Dalva Oliveira se foi de nós. Não passou simplesmente pela vida: deu amplo sentido à sua existência. Viveu cada momento lindamente, acreditando em seus ideais e empunhando com impressionante coragem a bandeira do partido de seu coração, o PT.
Advogada competente, militante dos direitos humanos, guerreira, amiga generosa e solidária, nos mais duros momentos, nas horas de provação e de dor, quando poucos estiveram nas trincheiras, a presença firme e discreta, a figura decidida e correta, a mulher corajosa e combativa que foi Dalva estava lá, ao lado de Delúbio, ao lado de tantos outros companheiros que sentiram o peso da injustiça, dos que travavam os mais duros embates e se recusavam a aceitar – como não aceitaram – a infâmia, a manipulação da verdade dos fatos, a mentira.
Nossa querida e já saudosa Dalva não tinha nome de estrela por mera coincidência… Agora brilha na memória e no coração de quem crê e de quem luta por um Brasil mais justo e um mundo melhor.
Não façamos um minuto de silêncio por Dalva. Com absoluta certeza, ela detestaria. Levemos a vida adiante por ela. É a melhor forma de homenagear a mulher que nunca pediu licença para ser PT. De corpo, alma e coração.
Para você, Dalvinha, o verso definitivo de “Memória”, do mestre Drummond:
“Mas as coisas findas
Muito mais que lindas
Essas, ficarão”