Do UOL Notícias
Em São Paulo
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Após a derrota de seu candidato para o sul-coreano Ban Ki-moon em 2007, o governo indiano avalia que terá no ano que vem mais chances de indicar o próximo secretário-geral das Nações Unidas. Mas se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver entre os postulantes, abriria mão da disputa por ver nele a personificação dos países emergentes e da capacidade de mediação entre ricos e pobres, disse ao UOL Notícias um diplomata ligado à Índia e à ONU.
De acordo com ele, a derrota de Shashi Tharoor – atual ministro indiano das Relações Exteriores e ex-subsecretário de Comunicação da ONU – sinalizou que o Sul da Ásia, onde a Índia é a principal potência, será decisivo na próxima indicação nas Nações Unidas, prevista para o fim de 2011. Depois de três mandatos de africanos (um com o egípcio Boutros Boutros-Ghalli e dois com o ganês Kofi Annan), a Ásia teria a primazia de reconduzir Ban ao cargo ou de apontar outro representante.
“Sabemos que essa não é uma disputa fácil, mas o governo da Índia já sinalizou ao presidente Lula que, se ele estiver disposto, contaria com o apoio do Sul da Ásia”, disse o diplomata. “Não se trata de desistir de indicar um indiano. Isso apenas ficaria mais para a frente. O presidente provavelmente teria de ter o apoio da América Latina se quiser ser candidato, para que no futuro isso seja retribuído ao Sul da Ásia.”
O diplomata, que pediu para não ser identificado, disse que o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, foram informados sobre a sinalização indiana. Procurados pela reportagem, não foram encontrados.
De acordo com ele, a derrota de Shashi Tharoor – atual ministro indiano das Relações Exteriores e ex-subsecretário de Comunicação da ONU – sinalizou que o Sul da Ásia, onde a Índia é a principal potência, será decisivo na próxima indicação nas Nações Unidas, prevista para o fim de 2011. Depois de três mandatos de africanos (um com o egípcio Boutros Boutros-Ghalli e dois com o ganês Kofi Annan), a Ásia teria a primazia de reconduzir Ban ao cargo ou de apontar outro representante.
“Sabemos que essa não é uma disputa fácil, mas o governo da Índia já sinalizou ao presidente Lula que, se ele estiver disposto, contaria com o apoio do Sul da Ásia”, disse o diplomata. “Não se trata de desistir de indicar um indiano. Isso apenas ficaria mais para a frente. O presidente provavelmente teria de ter o apoio da América Latina se quiser ser candidato, para que no futuro isso seja retribuído ao Sul da Ásia.”
O diplomata, que pediu para não ser identificado, disse que o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, foram informados sobre a sinalização indiana. Procurados pela reportagem, não foram encontrados.