MARIA CLARA CABRAL
da Folha de S. Paulo, em Brasília
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), já comunicou a auxiliares diretos que vai renunciar ao cargo nesta quinta-feira. Em conversa com o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, Paulo Octávio disse que vai entregar o cargo sem dar detalhes dos motivos que o levaram a tomar essa decisão.
"Essa renúncia é um ímpar no Distrito Federal. Acho que ele deveria cumprir o seu papel constitucional", afirmou Fraga à Folha Online.
Nos bastidores, auxiliares de Paulo Octávio afirmam que o governador interino decidiu deixar o cargo por pressão de aliados e, especialmente, para evitar novos desgastes políticos provocados pela crise do mensalão no DF. Com a renúncia, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wilson Lima (PR), assume o cargo.
O governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), está afastado do cargo desde a última quinta-feira (11), quando foi preso por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Arruda está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde aguarda julgamento de um habeas corpus.
Intervenção
Fraga disse que, com a renúncia de Paulo Octávio, ganha força a tese de intervenção federal no governo do DF. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) decrete intervenção no DF depois da prisão de Arruda.
Na opinião do procurador, Paulo Octávio e os integrantes da Câmara Legislativa não têm condições de comandar o DF em meio à crise, já que pelo menos oito deputados distritais são acusados de envolvimento no escândalo de corrupção.
O STF ainda não se manifestou sobre o pedido de intervenção federal. Se o tribunal acatá-lo, o pedido terá que ser referendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva --que nomeia um interventor para o DF. O nome do interventor, então, tem que ser submetido à análise do Congresso Nacional.
da Folha de S. Paulo, em Brasília
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), já comunicou a auxiliares diretos que vai renunciar ao cargo nesta quinta-feira. Em conversa com o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, Paulo Octávio disse que vai entregar o cargo sem dar detalhes dos motivos que o levaram a tomar essa decisão.
"Essa renúncia é um ímpar no Distrito Federal. Acho que ele deveria cumprir o seu papel constitucional", afirmou Fraga à Folha Online.
Nos bastidores, auxiliares de Paulo Octávio afirmam que o governador interino decidiu deixar o cargo por pressão de aliados e, especialmente, para evitar novos desgastes políticos provocados pela crise do mensalão no DF. Com a renúncia, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wilson Lima (PR), assume o cargo.
O governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), está afastado do cargo desde a última quinta-feira (11), quando foi preso por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Arruda está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde aguarda julgamento de um habeas corpus.
Intervenção
Fraga disse que, com a renúncia de Paulo Octávio, ganha força a tese de intervenção federal no governo do DF. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) decrete intervenção no DF depois da prisão de Arruda.
Na opinião do procurador, Paulo Octávio e os integrantes da Câmara Legislativa não têm condições de comandar o DF em meio à crise, já que pelo menos oito deputados distritais são acusados de envolvimento no escândalo de corrupção.
O STF ainda não se manifestou sobre o pedido de intervenção federal. Se o tribunal acatá-lo, o pedido terá que ser referendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva --que nomeia um interventor para o DF. O nome do interventor, então, tem que ser submetido à análise do Congresso Nacional.