MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Aumentou nesta quarta-feira a pressão para que a Justiça determine o afastamento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), do cargo. Uma ação popular protocolada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) pelo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) local, Cícero Rola, defende a saída de Arruda do governo. Ele é acusado de participação em um esquema de arrecadação e pagamento de propina.
A ação popular aponta que Arruda não tem mais condições de permanecer no cargo porque estaria obstruindo as investigações do suposto esquema de corrupção. Essa é a segunda medida que tenta acelerar o afastamento do governador. Ontem, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu ao Ministério Público Federal a prisão preventiva de Arruda ou o afastamento do cargo.
Após a movimentação da OAB, o advogado Artur Celso Fonseca pediu nesta quarta-feira um habeas corpus preventivo para o governador no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo o sistema de acompanhamento processual, a ação foi entregue ontem no tribunal e distribuída na manhã desta quarta-feira para o ministro Arnaldo Esteves Lima, da Quinta Turma. O teor do pedido não foi divulgado.
O advogado de Arruda, Nélio Machado, afirmou que Fonseca não representa o governador. "Esse advogado não tem ligação conosco. Em outros casos polêmicos, ele já tomou a iniciativa de propor esse tipo de habeas corpus preventivo. Mas ele não representa o governador. Essa ação não cabe nesse momento. É fora de propósito", afirmou o advogado à Folha Online. Fonseca não foi encontrado.
A situação do governador ficou mais delicada na semana passada quando a Polícia Federal prendeu o conselheiro do Metrô Antônio Bento da Silva. Ele foi preso em flagrante ao tentar subornar o jornalista Edson dos Santos, o Sombra, principal testemunha de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção.
Segundo a PF, a sacola tinha R$ 200 mil, que seria a primeira parcela do suborno. Também foram apreendidos papéis que seriam uma declaração do jornalista afirmando que os vídeos feitos por Durval e que fazem parte do inquérito do STJ sobre o esquema de pagamento de propina teriam sido manipulados.
As gravações do delator mostram Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, secretários, assessores, deputados distritais recebendo suposta propina.
Sombra afirmou à Folha Online que entregou para a PF um bilhete escrito por Arruda. A PF confirmou a entrega do bilhete, mas não faz referência ao autor.
Segundo Sombra, ele recebeu o bilhete entre os dias 8 e 9 de janeiro das mãos do deputado distrital Geraldo Naves (DEM), amigo do governador e suplente de Paulo Roriz, secretário de Habitação. O recado de Arruda teria sido utilizado durante a negociação do suborno. No bilhete, de acordo com o jornalista, Arruda teria escrito frases soltas. De acordo com o jornalista, o suborno poderia chegar a R$ 2 milhões e seriam pagos em parcelas.
da Folha Online, em Brasília
Aumentou nesta quarta-feira a pressão para que a Justiça determine o afastamento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), do cargo. Uma ação popular protocolada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) pelo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) local, Cícero Rola, defende a saída de Arruda do governo. Ele é acusado de participação em um esquema de arrecadação e pagamento de propina.
A ação popular aponta que Arruda não tem mais condições de permanecer no cargo porque estaria obstruindo as investigações do suposto esquema de corrupção. Essa é a segunda medida que tenta acelerar o afastamento do governador. Ontem, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu ao Ministério Público Federal a prisão preventiva de Arruda ou o afastamento do cargo.
Após a movimentação da OAB, o advogado Artur Celso Fonseca pediu nesta quarta-feira um habeas corpus preventivo para o governador no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Segundo o sistema de acompanhamento processual, a ação foi entregue ontem no tribunal e distribuída na manhã desta quarta-feira para o ministro Arnaldo Esteves Lima, da Quinta Turma. O teor do pedido não foi divulgado.
O advogado de Arruda, Nélio Machado, afirmou que Fonseca não representa o governador. "Esse advogado não tem ligação conosco. Em outros casos polêmicos, ele já tomou a iniciativa de propor esse tipo de habeas corpus preventivo. Mas ele não representa o governador. Essa ação não cabe nesse momento. É fora de propósito", afirmou o advogado à Folha Online. Fonseca não foi encontrado.
A situação do governador ficou mais delicada na semana passada quando a Polícia Federal prendeu o conselheiro do Metrô Antônio Bento da Silva. Ele foi preso em flagrante ao tentar subornar o jornalista Edson dos Santos, o Sombra, principal testemunha de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção.
Segundo a PF, a sacola tinha R$ 200 mil, que seria a primeira parcela do suborno. Também foram apreendidos papéis que seriam uma declaração do jornalista afirmando que os vídeos feitos por Durval e que fazem parte do inquérito do STJ sobre o esquema de pagamento de propina teriam sido manipulados.
As gravações do delator mostram Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, secretários, assessores, deputados distritais recebendo suposta propina.
Sombra afirmou à Folha Online que entregou para a PF um bilhete escrito por Arruda. A PF confirmou a entrega do bilhete, mas não faz referência ao autor.
Segundo Sombra, ele recebeu o bilhete entre os dias 8 e 9 de janeiro das mãos do deputado distrital Geraldo Naves (DEM), amigo do governador e suplente de Paulo Roriz, secretário de Habitação. O recado de Arruda teria sido utilizado durante a negociação do suborno. No bilhete, de acordo com o jornalista, Arruda teria escrito frases soltas. De acordo com o jornalista, o suborno poderia chegar a R$ 2 milhões e seriam pagos em parcelas.