28 fevereiro 2010

A ESTRELA DALVA, UMA AMIGA QUE BRILHA

Tem uma estrela
que não conheço.

Mas por uma dessas
modernas tecnologias de que sou privilegiado,
sei de seu brilho.

Intenso.

É dessas estrelas
que irradia por gerações-luz.

Mas não a conheço
e, de repente,
pelas modernas tecnologias,
sou informado de que minha desconhecida estrela
fenece.

Tênue.

Isso me dói,
me sinto injustiçado.

Nas noites, na solidão da praia,
reclamo ao mar que me enrodilha
afagos, ronronando confortos,
prometendo estrelas outras,
das tantas do céu.

Mas esta eu não conheço!

O mar fica ali me lambendo esperanças,
promessas de minha desconhecida estrela
recuperar de suas energias para voltar a brilhar,
intensa.

Tenho medo,
mas o mar insiste possibilidades
das modernas tecnologias trazerem notícias
de um sorriso da estrela que não conheço.

Um sorriso que seja,
um ensejo!
Quem sabe um dia conhecer minha estrela,
e conversar do susto que me deu,
do medo de nunca conhecê-la.

Tenho medo,
mas o mar tenta me convencer
de que estrelas não fenecem.

Apenas piscam.

Então volto pra casa,
procurando minha estrela no zênite.
Mas não a conheço
e, injustiçado, só posso cantar baixinho:

"A estrela Dalva
no céu desponta,
e a Lua anda tonta..."
Raul Longo
pousopoesia@ig.com.br

Dalva é nossa amiga, companheira de luta. Está passando por um problema grave de saúde . Justa e linda a homenagem do companheiro Raul Longo. Força Dalva, é só mais uma batalha antes da vitória.