27 janeiro 2010

LULA E DILMA NO ANIVERSÁRIO DE 100 ANOS DA MÃE DE CHICO BUARQUE

Estadão
A chegada do presidente Lula ao apartamento de cobertura de Chico Buarque na noite de segunda-feira no Alto Leblon, no Rio, já era esperada, mas o protocolo presidencial foi quebrado por imprevisto banal. O elevador social pifou bem na hora que Lula chegou ao edifício acompanhado dos ministros Dilma Rousseff, Franklin Martins e Márcio Fortes. Não teve outro jeito. Lula e comitiva subiram pelo elevador de serviço para se juntar aos mais de cem convidados que comemoravam o aniversário de Maria Amélia Buarque de Holanda, mãe de Chico. Memélia, como é chamada em família, completou 100 anos.

Lula é velho amigo da aniversariante, desde os tempos em que era metalúrgico. O patriarca Sérgio Buarque de Holanda foi membro fundador do PT. Maria Amélia passou a noite sentada entre os amigos, o arquiteto Oscar Niemeyer, 102 anos, e o ensaísta Antonio Candido, 91. Depois da aniversariante, a grande estrela da festa foi Lula. Simpático, atendeu a todos os pedidos para posar para fotos, inclusive de Ana, empregada antiga de Chico, que parecia encantada em conhecer o presidente. Lula também conversou longamente com Niemeyer e Maria Amélia.

Dilma esbanjava simpatia. Deu beijinho em todo mundo como se fossem velhos conhecidos. Foram tantos que uma assessora veio limpar o rosto da ministra , manchado de batom. "Não tem importância, é só um batonzinho básico", respondeu. E prosseguiu nos cumprimentos. Dilma e Lula não chegaram a tempo de ver a bênção de Frei Betto à aniversariante. Ex-assessor especial da Presidência, Frei Betto e Lula andavam estremecidos. Mas, pelo menos na festa, foram cordiais. Lula deu um abraço afetuoso no velho aliado e os dois conversaram rapidamente.

O presidente ficou na festa por pouco mais de uma hora. No jantar foram servidos picadinho de carne, com batata e farofa, e dois pratos de massa. O bolo do parabéns foi todo enfeitado com pétalas de rosa, feitas de açúcar. Maria Amélia, elegante num vestido verde, adorou tudo e só foi embora por volta de 23h30. Saiu especialmente encantada com o presente que ganhou do amigo, Oscar Niemeyer: uma caixa de madeira no formato de um coração com 100 rosas vermelhas.