03 agosto 2009


Construção civil recupera vagas fechadas na crise em São Paulo
GOVERNO LULA
Em junho foram criadas 3.472 vagas com carteira assinada, totalizando 28.803 novos postos no 1º semestre

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A construção civil do Estado de São Paulo conseguiu no primeiro semestre deste ano recuperar plenamente as vagas fechadas por conta da crise, e a construção brasileira está próxima dessa recuperação. É o que mostra a pesquisa mensal de emprego do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) feita em parceria com a FGV Projetos.Em junho, a construção paulista abriu 3.472 vagas com carteira assinada (alta de 0,56% em relação a maio), totalizando a abertura de 28.803 novos empregos no primeiro semestre. Com isso, superou as 17.950 demissões ocorridas em novembro e dezembro de 2008. Este desempenho foi mais acentuado no município de São Paulo, onde foram fechados 6.875 empregos na construção em novembro e dezembro de 2008, mas abertos 15.829 de janeiro a junho de 2009; destes, 2.442 foram criados no mês de junho (alta de 0,82% em relação a maio).Já a construção civil brasileira abriu em junho mais 20.372 empregos (crescimento de 0,94% em relação a maio), totalizando 94.580 no primeiro semestre. Segundo nota do SindusCon, falta pouco para recuperar os 109.086 postos de trabalho fechados nos dois últimos meses de 2008.O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, diz em nota que "se por um lado os números confirmam que as construtoras seguem com um ritmo de atividades elevado em 2009, por outro, uma leitura mais atenta mostra mudanças importantes em relação a 2008, especialmente no ritmo e na dinâmica do crescimento". No que diz respeito ao ritmo, houve uma sensível desaceleração. No primeiro semestre de 2009, os 94,6 mil novos empregados representaram um crescimento de 8,4%. No mesmo período de 2008, o ritmo de crescimento do emprego formal era quase o dobro: o número de trabalhadores contratados passava de 185 mil, a taxa acumulada no ano até junho era de 16% e vinha em ritmo crescente.