OEA diz que não aceitará nem governo eleito em Honduras se Zelaya não retornar
da Folha Online
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, disse nesta quinta-feira que a entidade não reconhecerá o governo que for eleito nas eleições marcadas para novembro em Honduras se antes disso o presidente deposto, Manuel Zelaya, não for restituído.
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O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, disse nesta quinta-feira que a entidade não reconhecerá o governo que for eleito nas eleições marcadas para novembro em Honduras se antes disso o presidente deposto, Manuel Zelaya, não for restituído.
O governo interino formado após a deposição de Zelaya, em 28 de junho, promete transferir o poder ao vencedor das eleições de novembro --que estavam marcadas antes da crise--, apostando que uma sucessão pacífica aliviaria as sanções econômicas e o isolamento internacional contra o país centro-americano, mas a manifestação de Insulza, no dia seguinte ao fracasso das negociações mediadas pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, e no momento em que Zelaya ameaça voltar para Honduras mesmo sem acordo, aumenta a pressão sobre o governo de fato do país.
"Alguns jogam com os prazos. Eu acho que é difícil que, sem serem levantadas as sanções, seja possível reconhecer posteriormente um governo democrático depois das eleições do fim do ano", disse Insulza a jornalistas em Washington. "Nenhum governo de Honduras será reconhecido se Honduras continuar suspensa [...] e as suspensões não serão levantadas enquanto a Assembleia Geral [da OEA] não considerar que está restabelecida a ordem constitucional."
A OEA suspendeu Honduras de seus quadros depois da deposição de Zelaya. O secretário-geral acrescentou que o organismo avaliará novas ações contra o governo interino presidido por Roberto Micheletti, que se nega a aceitar as propostas feitas pelo mediador Oscar Arias, presidente da Costa Rica, inclusive a volta de Zelaya ao poder.