29 julho 2009

Confiança da indústria atinge maior nível desde outubro, diz FGV


SÃO PAULO (Reuters)
- A confiança da indústria de transformação no Brasil manteve a trajetória de melhora em julho, quando subiu pelo sétimo mês consecutivo e atingiu o maior nível desde outubro de 2008, conforme dados divulgados nesta quarta-feira.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) passou para 99,4 pontos em julho, maior patamar desde outubro de 2008, quando registrou 104,4 pontos, considerando o ajuste sazonal, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em junho, esse indicador ficou em 93,6 pontos.
Apesar de permanecer abaixo dos 119,2 pontos registrados em agosto de 2008, nível antes do aprofundamento da crise internacional, o ICI encontra-se próximo da sua média histórica desde 1995, de 99,1 pontos.
"Nos primeiros três meses do ano, a evolução foi motivada pela retomada da confiança no segmento automotivo, associada à estabilidade, em níveis muito baixos, dos indicadores de confiança dos outros segmentos industriais. A partir de abril, o índice avançou de forma mais rápida e consistente, espalhando-se entre os setores", notou a FGV.
Houve melhora tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) passou de 97,3 para 101,4 pontos, entre junho e julho, superando a média histórica de 99,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) melhorou de 90,0 para 97,4 pontos, na mesma base de comparação.
A parcela de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa aumentou de 20,8 por cento em junho para 24,4 este mês, enquanto a proporção das que a consideram fraca reduziu-se de 28 por cento para 24,2 por cento.
As expectativas para os próximos meses são favoráveis em todos os quesitos que compõem o índice de expectativas, principalmente com relação à produção nos próximos três meses, cujo indicador saltou de 118,8, em junho, para 130,2 pontos, o maior desde setembro de 2008 (134,2 pontos).
Das 1.115 empresas consultadas, 43,2 por cento preveem aumento e 13,0 por cento, diminuição da produção no trimestre julho-setembro. Em junho, estes percentuais haviam sido de 34,1 e 15,3 por cento, respectivamente.
(Por Paula Laier)