30 julho 2009


Banco público cobra R$ 12 mi de empresa da família Sarney
Empréstimo de 2001, assinado por Roseana e deputado, obteve verba do FATTelevisão dos filhos do presidente do Senado alega que decisões da Justiça do Maranhão a livram de pagamentos ao BNB

AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS RUBENS VALENTEDA REPORTAGEM LOCAL
O BNB (Banco do Nordeste do Brasil), estatal controlada pela União, cobra na Justiça dívida de R$ 12 milhões por empréstimos tomados pela Televisão Mirante, pertencente aos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).Metade da cobrança, que em valores atualizados atinge R$ 14 milhões, refere-se a dinheiro público do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), vinculado ao Ministério do Trabalho.A TV nega as dívidas, diz que já pagou R$ 3,1 milhões e não se considera mais devedora, após ter obtido duas vitórias na Justiça do Maranhão. O BNB recorreu, em maio último, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Banco era comandado pelo PSDB
Entre 1997 e 2001, quando ocorreram as liberações de recursos do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) para a TV Mirante, do grupo Sarney no Maranhão, o banco era presidido por Byron Queiroz, ligado ao PSDB e indicado ao cargo pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).O presidente do BNB é nomeado pelo ministro da Fazenda. Queiroz presidiu o BNB no governo de Fernando Henrique (PSDB-SP). Antes, foi secretário de Planejamento do Ceará no governo de Tasso.O tucano formava com Sarney (PMDB-AP) e Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) o trio de senadores influentes e aliados de FHC no Nordeste.Sarney, cuja família é próxima da de Tasso, era aliado do PSDB até 2002, quando acusou o partido de armar manobra para obrigar Roseana a desistir de disputar a Presidência