Uma entrevista à Agência Brasil
Por José Dirceu
Quero compartilhar com vocês a entrevista que concedi ao site da Agência Brasil, publicada hoje sob o título “Não resolvemos a questão central da reforma do papel das Forças Armadas’, diz José Dirceu”. Neste relato, rememoro o 31 de março de 1964, dia do golpe militar que impôs 21 longos anos de ditadura ao nosso país.Há 45 anos, quando o golpe caiu sobre nós, eu tinha acabado de completar 18 anos. Lembro de quando vi os estudantes direitistas do Colégio Mackenzie descendo a Rua da Consolação, no centro de São Paulo, todos a favor do golpe de 64. Naquele momento, realmente não tive dúvidas de que nunca estaria ao lado deles. Estou e estarei sempre ao lado da democracia e da liberdade.Um dos pontos destacados no meu depoimento à Agência Brasil é a minha declaração que dá título à matéria: “não resolvemos uma questão central que é a reforma e a revisão do papel das Forças Armadas no país. Foi criado o Ministério da Defesa, mas ele não está consolidado. Nunca os militares abriram mão de autodefinir as suas políticas”.Comentei ainda o papel do movimento estudantil na luta contra a repressão, e o começo da minha trajetória política. Os caminhos pela luta armada e o AI-5; a vida no exílio; erros, “acertos” e o legado da ditadura militar; e os aprendizados daquele período.Vejam a íntegra na seção Convidados e enviem seus comentários. Mandem suas opiniões sobre a ditadura militar e a luta pela democracia. Muitos aqui viveram aquele período e tem histórias para nos contar. Aqui, destaco o seguinte trecho:
"ABr – Qual foi o maior aprendizado?Dirceu – Que não se pode fazer nenhuma luta se não tiver apoio popular e é preciso aprender com a luta. Nós aprendemos isso e exercitamos a partir de 80, muitos fundadores do PT vivemos essa experiência e soubemos aproveitá-la na vida política."
Quero compartilhar com vocês a entrevista que concedi ao site da Agência Brasil, publicada hoje sob o título “Não resolvemos a questão central da reforma do papel das Forças Armadas’, diz José Dirceu”. Neste relato, rememoro o 31 de março de 1964, dia do golpe militar que impôs 21 longos anos de ditadura ao nosso país.Há 45 anos, quando o golpe caiu sobre nós, eu tinha acabado de completar 18 anos. Lembro de quando vi os estudantes direitistas do Colégio Mackenzie descendo a Rua da Consolação, no centro de São Paulo, todos a favor do golpe de 64. Naquele momento, realmente não tive dúvidas de que nunca estaria ao lado deles. Estou e estarei sempre ao lado da democracia e da liberdade.Um dos pontos destacados no meu depoimento à Agência Brasil é a minha declaração que dá título à matéria: “não resolvemos uma questão central que é a reforma e a revisão do papel das Forças Armadas no país. Foi criado o Ministério da Defesa, mas ele não está consolidado. Nunca os militares abriram mão de autodefinir as suas políticas”.Comentei ainda o papel do movimento estudantil na luta contra a repressão, e o começo da minha trajetória política. Os caminhos pela luta armada e o AI-5; a vida no exílio; erros, “acertos” e o legado da ditadura militar; e os aprendizados daquele período.Vejam a íntegra na seção Convidados e enviem seus comentários. Mandem suas opiniões sobre a ditadura militar e a luta pela democracia. Muitos aqui viveram aquele período e tem histórias para nos contar. Aqui, destaco o seguinte trecho:
"ABr – Qual foi o maior aprendizado?Dirceu – Que não se pode fazer nenhuma luta se não tiver apoio popular e é preciso aprender com a luta. Nós aprendemos isso e exercitamos a partir de 80, muitos fundadores do PT vivemos essa experiência e soubemos aproveitá-la na vida política."