MÁ NOTÍCIA PARA A OPOSIÇÃO
Saldo da balança cresce 9,1% e soma US$ 3 bi no trimestre
Karina Nappi
SÃO PAULO - A balança comercial registrou no trimestre um superávit de US$ 3,012 bilhões, um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2008, após o resultado negativo verificado em janeiro (US$ 524 milhões) de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A média diária do saldo comercial dos três primeiros meses foi de US$ 49,4 milhões.
Segundo o professor de economia da ESPM, José Eduardo Balian, o crescimento perante o trimestre anterior demonstra que o País está saudável e que enfrenta a crise de maneira forte e positiva. "Apesar do resultado negativo de janeiro, tivemos nos meses seguintes resultados positivos, o que demonstra que nossa economia está aquecida e entrando no ritmo novamente", argumenta.
O mês de março fechou com superávit de US$ 1,771 bilhão, na balança comercial. A média diária foi de US$ 80,5 milhões, 63% maior do que o verificado no mesmo mês de 2008. Em relação ao desempenho de fevereiro, no entanto, foi observada uma retração de 17,9%.
Em 22 dias úteis, as exportações somaram US$ 11,809 bilhões. As importações totalizaram no mês US$ 10,038 bilhões. Esses desempenhos resultaram numa corrente de comércio de US$ 21,847 bilhões. Pelo critério da média diária, as exportações brasileiras, em março, apresentaram queda de 14,9% sobre o desempenho médio diário registrado no mesmo mês de 2008 (US$ 630,7 milhões). Entretanto, sobre os embarques em fevereiro deste ano (US$ 532,6 milhões), houve crescimento de 0,8%.
As importações, na mesma comparação, caíram 21,5% em relação ao desempenho médio diário registrado em março do ano passado (US$ 581,3 milhões), mas sobre a média diária verificada em fevereiro (US$ 434,5 milhões) houve crescimento de 5%.
As exportações brasileiras devem fechar o ano em US$ 160 bilhões afirmou o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Welber Barral. Essa previsão é 20% menor que o desempenho das exportações do ano passado, que totalizaram US$ 197,9 bilhões. Se a estimativa se concretizar, essa será a primeira queda desde 1999, quando as vendas caíram 6,1% em relação ao ano anterior.
Para Barral, o recuo nas exportações é justificado pela crise internacional. Ele, no entanto, disse que as perspectivas para o Brasil são mais otimistas que em relação a outros países. As vendas externas brasileiras recuarão menos que em outros países porque temos menos problemas de crédito, explicou Barral.
De acordo com o ministério, a retração nas vendas brasileiras no trimestre só é maior que a da Índia, cujas exportações caíram 18,9% no mesmo período. O recuo, ressaltou Barral, chegou a 43% na Rússia, 31,5% no México e 30,4% na Argentina. Diferentemente de 2008, o governo desistiu de fixar uma meta.
De acordo com o economista da Wintrade José Góes, a balança comercial irá apresentar déficits originários da crise somente em 2011, "depois que passarmos a crise, as demais nações estiverem com sua capacidade de produção total, nossas exportações tendem a cair, mas isso só irá acontecer daqui um ano e meio ou dois".
Os motivos para o superávit da balança comercial, segundo Góes, devem-se ao impacto mais intenso na retração de commodities e a forte queda das importações. "O problema é resultado decorrente primeiro da taxa de câmbio que foi alterada e o nível de atividades internas que ainda está baixo", explica.
Apesar do resultado satisfatório, as exportações brasileiras acumularam no ano, de US$ 31,177 bilhões, com média diária de US$ 511,1 milhões. Esse desempenho foi 19,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o desempenho médio diário chegou a US$ 634,3 milhões.
As importações totalizaram, entre janeiro e março, US$ 28,165 bilhões, com uma média diária de US$ 461,7 milhões, valor 21,6% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado quando registrou-se US$ 589 milhões.
Segundo Góes, a quantidade de exportações de petróleo e minérios devem ter sido o principal fator para os valores superavitários divulgados.
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=280063&editoria=
Karina Nappi
SÃO PAULO - A balança comercial registrou no trimestre um superávit de US$ 3,012 bilhões, um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período de 2008, após o resultado negativo verificado em janeiro (US$ 524 milhões) de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A média diária do saldo comercial dos três primeiros meses foi de US$ 49,4 milhões.
Segundo o professor de economia da ESPM, José Eduardo Balian, o crescimento perante o trimestre anterior demonstra que o País está saudável e que enfrenta a crise de maneira forte e positiva. "Apesar do resultado negativo de janeiro, tivemos nos meses seguintes resultados positivos, o que demonstra que nossa economia está aquecida e entrando no ritmo novamente", argumenta.
O mês de março fechou com superávit de US$ 1,771 bilhão, na balança comercial. A média diária foi de US$ 80,5 milhões, 63% maior do que o verificado no mesmo mês de 2008. Em relação ao desempenho de fevereiro, no entanto, foi observada uma retração de 17,9%.
Em 22 dias úteis, as exportações somaram US$ 11,809 bilhões. As importações totalizaram no mês US$ 10,038 bilhões. Esses desempenhos resultaram numa corrente de comércio de US$ 21,847 bilhões. Pelo critério da média diária, as exportações brasileiras, em março, apresentaram queda de 14,9% sobre o desempenho médio diário registrado no mesmo mês de 2008 (US$ 630,7 milhões). Entretanto, sobre os embarques em fevereiro deste ano (US$ 532,6 milhões), houve crescimento de 0,8%.
As importações, na mesma comparação, caíram 21,5% em relação ao desempenho médio diário registrado em março do ano passado (US$ 581,3 milhões), mas sobre a média diária verificada em fevereiro (US$ 434,5 milhões) houve crescimento de 5%.
As exportações brasileiras devem fechar o ano em US$ 160 bilhões afirmou o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Welber Barral. Essa previsão é 20% menor que o desempenho das exportações do ano passado, que totalizaram US$ 197,9 bilhões. Se a estimativa se concretizar, essa será a primeira queda desde 1999, quando as vendas caíram 6,1% em relação ao ano anterior.
Para Barral, o recuo nas exportações é justificado pela crise internacional. Ele, no entanto, disse que as perspectivas para o Brasil são mais otimistas que em relação a outros países. As vendas externas brasileiras recuarão menos que em outros países porque temos menos problemas de crédito, explicou Barral.
De acordo com o ministério, a retração nas vendas brasileiras no trimestre só é maior que a da Índia, cujas exportações caíram 18,9% no mesmo período. O recuo, ressaltou Barral, chegou a 43% na Rússia, 31,5% no México e 30,4% na Argentina. Diferentemente de 2008, o governo desistiu de fixar uma meta.
De acordo com o economista da Wintrade José Góes, a balança comercial irá apresentar déficits originários da crise somente em 2011, "depois que passarmos a crise, as demais nações estiverem com sua capacidade de produção total, nossas exportações tendem a cair, mas isso só irá acontecer daqui um ano e meio ou dois".
Os motivos para o superávit da balança comercial, segundo Góes, devem-se ao impacto mais intenso na retração de commodities e a forte queda das importações. "O problema é resultado decorrente primeiro da taxa de câmbio que foi alterada e o nível de atividades internas que ainda está baixo", explica.
Apesar do resultado satisfatório, as exportações brasileiras acumularam no ano, de US$ 31,177 bilhões, com média diária de US$ 511,1 milhões. Esse desempenho foi 19,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o desempenho médio diário chegou a US$ 634,3 milhões.
As importações totalizaram, entre janeiro e março, US$ 28,165 bilhões, com uma média diária de US$ 461,7 milhões, valor 21,6% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado quando registrou-se US$ 589 milhões.
Segundo Góes, a quantidade de exportações de petróleo e minérios devem ter sido o principal fator para os valores superavitários divulgados.
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=280063&editoria=