31 de março, uma data para lembrar
31 de março de 2009. Há 45 anos começava a ditadura militar no Brasil. Militares direitistas tomaram o poder à força, destituíram o presidente legitimo eleito pelo povo e instalaram o terror. Invadiram casas, redações de jornais e revistas, universidades, prenderam, torturaram e mataram pessoas. Explodiram bombas terroristas, ameaçaram famílias, perseguiram pessoas. Adotaram a censura dos meios de comunicação e das artes, ninguém podia pensar, falar, cantar, escrever, encenar críticas às atrocidades, aos crimes cometidos pelo regime militar que tanta vergonha trouxe ao nosso país. Diziam que tudo era feito para manter a democracia, a paz e ordem. Não aceitavam de maneira nenhuma a idéia de um governo como o atual, voltado para o povo e pelo povo, principalmente o povo mais pobre, mais necessitado. Qualquer programa de redistribuição de renda, justiça social, reforma agrária, era visto pelos militares e pela camada mais abastada da sociedade, detentora do poderio econômico, como comunismo. A desculpa esfarrapada para cometer as atrocidades e os crimes era impedir que o Brasil se transformasse numa Cuba. Contaram com grande ajuda dos EUA, através da CIA. Ajuda logística, financeira, e principalmente, treinamento em tortura. Os EUA tinham adquirido grande experiência em tortura com os crimes cometidos no Vietnã; haviam desenvolvido métodos de tortura considerados infalíveis, que ensinaram aos torturadores brasileiros. Métodos com requintes de crueldade. Com isso se instalou no país o terror, o medo, a insegurança. Mas a nata da brava gente brasileira, constituída de verdadeiros heróis, enfrentou o regime sanguinário ditatorial e, após vinte anos de lutas, devolveu a democracia ao povo brasileiro, devolveu a paz ao país, recuperou a soberania nacional. Hoje eu estou aqui viva, escrevendo sobre esse período negro da nossa história, em uma democracia plena, graças aos que nunca desistiram de lutar, aos que foram barbaramente torturados, aos que morreram pela democracia, pela liberdade, pela justiça social. Esse dia não pode ser esquecido, tem que ser lembrado sempre, para que todos estejam atentos, sempre alertas. Golpe e tortura, nunca mais.
31 de março de 2009. Há 45 anos começava a ditadura militar no Brasil. Militares direitistas tomaram o poder à força, destituíram o presidente legitimo eleito pelo povo e instalaram o terror. Invadiram casas, redações de jornais e revistas, universidades, prenderam, torturaram e mataram pessoas. Explodiram bombas terroristas, ameaçaram famílias, perseguiram pessoas. Adotaram a censura dos meios de comunicação e das artes, ninguém podia pensar, falar, cantar, escrever, encenar críticas às atrocidades, aos crimes cometidos pelo regime militar que tanta vergonha trouxe ao nosso país. Diziam que tudo era feito para manter a democracia, a paz e ordem. Não aceitavam de maneira nenhuma a idéia de um governo como o atual, voltado para o povo e pelo povo, principalmente o povo mais pobre, mais necessitado. Qualquer programa de redistribuição de renda, justiça social, reforma agrária, era visto pelos militares e pela camada mais abastada da sociedade, detentora do poderio econômico, como comunismo. A desculpa esfarrapada para cometer as atrocidades e os crimes era impedir que o Brasil se transformasse numa Cuba. Contaram com grande ajuda dos EUA, através da CIA. Ajuda logística, financeira, e principalmente, treinamento em tortura. Os EUA tinham adquirido grande experiência em tortura com os crimes cometidos no Vietnã; haviam desenvolvido métodos de tortura considerados infalíveis, que ensinaram aos torturadores brasileiros. Métodos com requintes de crueldade. Com isso se instalou no país o terror, o medo, a insegurança. Mas a nata da brava gente brasileira, constituída de verdadeiros heróis, enfrentou o regime sanguinário ditatorial e, após vinte anos de lutas, devolveu a democracia ao povo brasileiro, devolveu a paz ao país, recuperou a soberania nacional. Hoje eu estou aqui viva, escrevendo sobre esse período negro da nossa história, em uma democracia plena, graças aos que nunca desistiram de lutar, aos que foram barbaramente torturados, aos que morreram pela democracia, pela liberdade, pela justiça social. Esse dia não pode ser esquecido, tem que ser lembrado sempre, para que todos estejam atentos, sempre alertas. Golpe e tortura, nunca mais.
Jussara Seixas