03 fevereiro 2009

BRASIL
Ex-governador refém das Farc é libertado na Colômbia com a juda do Brasil
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
*Atualizado às 17h29
O político colombiano Alan Jara, que era refém das Farc havia sete anos, foi libertado e entregue a uma comissão da Cruz Vermelha Internacional e a senadora Piedad Córdoba, nesta terça-feira."Nesta terça-feira, dia 3 de fevereiro, na zona rural do departamento de Guaviare, as Farc entregaram à senadora Piedad Córdoba e à delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha o ex-governador de Meta, Dr. Alan Jará", assegurou um documento lido pelo porta-voz da Cruz Vermelha Yves Heller.
"Logo depois da entrega, o helicóptero - devidamente identificado com o logo da Cruz Vermelha - se dirigiu à cidade de Villavicencio onde o doutor Jará será recebido por seus familiares e entes queridos", disse o porta-voz da operação que agradeceu ao governo brasileiro pelo apoio logístico.O helicóptero brasileiro partiu às 8h50 hora local (11h50, horário de Brasília) do aeroporto de Villavicencio (90 km a sudeste de Bogotá) para receber o político refém. Cinco pilotos brasileiros integram a missão."Me sinto muito emocionada. Estamos felizes. É muito emocionante saber que Alan está para chegar", disse Claudia Rujeles, esposa do ex-governador.Jara, 51 anos, foi seqüestrado no dia 15 de junho de 2001, quando se dirigia ao departamento de Meta, em um carro da ONU.PolêmicaJara foi libertado depois de uma polêmica entre o governo e o comitê civil "Colombianos pela paz" - que questionou as liberações - sobre a operação de domingo, quando recuperaram a liberdade os policiais Aléxis Torres, Juan Galicia e José Lozano, além do soldado William Domingues, reféns das Farc desde 2007.Na madrugada de segunda-feira o presidente colombiano Alvaro Uribe desautorizou a "Colombianos pela paz" de receber Jara e Lopez, alegando que a operação de domingo era um estímulo as Farc.Uribe criticou as declarações de um chefe rebelde a um jornalista da TV Telesur, que denunciou um ataque militar que deixou um guerrilheiro morto e outro preso. O governo colombiano negou o ataque.O jornalista Jorge Botero, que participou da missão, denunciou que o governo havia violado as garantias de segurança ao realizar sobrevoos na zona de liberação dos reféns.Entretanto o presidente Uribe, que mais tarde admitiu as operações aéreas, reverteu a decisão e autorizou a "Colombianos pela paz" de realizar a viagem para resgatar Jara.