11 dezembro 2008

GOVERNO LULA
Brasil é o único dos Brics que mostra aceleração no 3º trimestre
Taxa de crescimento da economia brasileira saltou de 6,2% entre abril e junho para 6,8% de julho a setembro

SÃO PAULO - O Brasil foi o único dos Brics - grupo de países emergentes formado também por Índia, China e Rússia - cujo Produto Interno Bruto (PIB) cresceu no terceiro trimestre de 2008, comparado com o mesmo período do ano anterior. A taxa de crescimento da economia brasileira, comparada com o mesmo período do ano anterior, saltou de 6,2% entre abril e junho para 6,8% de julho a setembro. A China viu seu PIB recuar de 10,1% para 9%, no primeiro resultado abaixo de dois dígitos em cinco anos. A Índia desacelerou de 7,9% para 7,6%, e a Rússia saiu de 7,5% para 6,2%.


Para o professor de economia internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Evaldo Alves, isto se deve a dois fatores. Um deles é diversificação dos parceiros comerciais brasileiros. "Pusemos os ovos em diversas cestas. Aumentamos o comércio com a China, o Oriente Médio e a América Latina", disse. "Mas mesmo assim não é hora para achar que está tudo ótimo".

Segundo o analista, os Estados Unidos, berço da crise global, e a União Européia, que entrou em recessão no terceiro trimestre, têm um peso maior na pauta de exportações de China e Rússia. No terceiro trimestre, com seus clientes já em dificuldade, estes emergentes entraram em desaceleração.

De acordo com o ministério do Comércio, Indústria e Desenvolvimento, no primeiro semestre deste ano, A América Latina, a Ásia e o Oriente Médio receberam 43,8% das exportações brasileiras. A UE e os EUA compraram 38,7% dos produtos nacionais. Os EUA ainda são o principal país comprador do que o Brasil produz, mas a China já está em terceiro lugar, atrás da Argentina, a segunda colocada.

Além disso, diz o professor, no terceiro trimestre, o mercado interno brasileiro continuou com a demanda em alta pois ainda não havia sentido o impacto da crise, que estourou em meados de setembro, com a quebra do banco Lehman Brothers. "Nós ainda não estávamos conscientes do que poderia vir. Continuamos comprando e investindo. E esse PIB é o resultado disso", explicou.

Segundo com o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), responsável por medir a expansão da economia, a queda do desemprego e o aumento da massa salarial têm contribuído para o fortalecimento do mercado interno. Esta expansão do consumo, além do crescimento de investimentos públicos e privados, e do avanço da indústria, foram os principais responsáveis pelo resultado do PIB brasileiro.
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco292384,0.htm
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