19 agosto 2008

Emprego formal ultrapassa 1,5 milhão de vagas e bate novo recorde
Folha Online, de Brasília

O número de vagas com carteira assinada criadas nos sete primeiros meses de 2008 alcançou a marca histórica de 1,564 milhão de empregos.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, isso representa um aumento de 5,4% no ano e de 27% sobre o recorde anterior --1,2 milhão de empregos em todo o ano de 2004.
Somente em julho, foram criadas 203.218 vagas, 60% a mais do que o registrado no mesmo mês do ano anterior e o melhor resultado para meses de julho. O recorde anterior era julho de 2004, que registrou 202.033 novos postos de trabalho.
Nos últimos 12 meses, a geração de empregos formais já encosta nos 2 milhões. Foram 1,959 milhão de vagas abertas. Os números de Caged consideram a diferença entre contratações e demissões em um mesmo período.
Serviços
O setor de serviços foi o que mais abriu vagas neste ano. Foram 490.105 novos postos de trabalho, 4,29%, resultado também recorde. Em seguida, fica a indústria de transformação, com 355.396 novos postos, o que representa saldo 5,07% maior.
Em termos percentuais, os destaques positivos foram a agricultura, com 18,14%, e a construção civil, registrando 15,18%.
Regionalmente, os destaque na geração de vagas são o número absoluto no Sudeste, com 1,027 milhão, e o crescimento no Centro-Oeste, com 7,54%, ambos recordes.
Bolha
Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o fato de todos os setores registrarem crescimento recorde neste ano mostra que o crescimento do emprego é uma tendência generalizada.
"Estão contratando mais trabalhadores porque estão precisando produzir mais. Há um crescimento generalizado em toda a economia e há investimentos sendo feitos em setores estratégicos. Não é só uma bolha de crescimento. São todos os setores da economia", afirma.
Lupi manteve a previsão de que sejam geradas 2 milhões de vagas neste ano. "Nós tivemos um começo de ano muito forte. Acho que o mercado vai continuar muito aquecido, principalmente por causa do aumento do poder de compra do brasileiro. Vamos com tranqüilidade chegar aos 2 milhões".


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