A PRISÃO DE DANIEL DANTAS
"Batalha feroz incluirá também a jornalistas e publicações"
Para jornalista Bob Fernandes, autor de várias reportagens sobre o tema, Daniel Dantas é um dos personagens centrais na "mais feroz e encarniçada batalha da história do capitalismo brasileiro". Essa batalha, afirma, inclui também a jornalistas e publicações. Segundo Ministério Público Federal, grupo de Dantas movimentou cerca de US$ 2 bilhões em paraíso fiscal das Ilhas Cayman.
- Redação - Carta Maior (www.cartamaior.com.br)
Segundo o procurador da República, Rodrigo de Grandis, responsável pela investigação sobre os negócios de Daniel Dantas e do banco Opportunity, a investigação da Polícia Federal deparou-se com indícios suficientes dos crimes financeiros de gestão fraudulenta, operação ilegal de instituição financeira, evasão de divisas e concessão de empréstimos vedados, além de uso indevido de informação privilegiada, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha.
O grupo de Dantas, diz o Ministério Público Federal, cometeu o crime de evasão de divisas por meio do Opportunity Fund, uma offshore no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe. Esse fundo movimentou cerca de US$ 2 bilhões entre 1992 e 2004. Além de evasão e quadrilha, assegura o MPF, as investigações permitem dizer que o grupo de Dantas cometeu também gestão fraudulenta, concessão de empréstimos vedados (empréstimos entre empresas do mesmo grupo) e corrupção ativa.
A Justiça Federal também decretou a prisão preventiva de duas pessoas que, a mando de Dantas, teriam oferecido US$ 1 milhão para um delegado federal que participava das investigações para que ele tirasse alguns nomes do inquérito policial. O delegado comunicou a tentativa de suborno à Justiça, que autorizou uma ação controlada, ou seja, os contatos continuaram sem que fosse dado o flagrante de corrupção ativa contra os corruptores com o objetivo de obter mais informações e provas.
Ainda segundo as investigações do MPF e da Polícia Federal, Daniel Dantas e seus associados formaram uma infinidade de empresas, na maioria empresas de fachada e laranjas, operadas por supostos "prepostos" ou "testas de ferro". O MPF e a PF pediram também a prisão do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal do PT, pela participação na organização criminosa de Daniel Dantas, mas o juiz federal Fausto de Sanctis entendeu que não existiam fundamentos suficientes para decretá-las.
Batalha feroz e encarniçadaPara o jornalista Bob Fernandes, primeiro a noticiar as prisões, no site Terra Magazine, Daniel Dantas é um dos personagens centrais na "mais feroz e encarniçada batalha da história do capitalismo brasileiro". Seu papel como protagonista, assinala, cresceu no governo Fernando Henrique Cardoso, especialmente na montagem do processo de privatizações no setor das telecomunicações. Essa batalha feroz e encarniçada, diz ainda o jornalista, não deixará de incluir também a jornalistas e publicações.
Bob Fernandes fala com conhecimento de causa. Como redator-chefe da revista Carta Capital, acompanhou "outras manilhas de esgotos da história verde-amarela" (como afirma em matéria no Terra Magazine) por meio de reportagens especiais. Algumas delas foram:
- O caso Banestado. "O Brasil, a maior lavagem de dinheiro do mundo". Datada de 30 de maio de 1998, objeto da única - até hoje - edição extra na já longa história da revista Carta Capital. Caso este que freqüenta a investigação da PF agora em curso.
- A privatização do Sistema Telebrás e a queda de Mendonça de Barros, ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique. "Fitas Sujam o Governo", em 25/11/98. Reportagem esta que levou à queda de "Mendonção". Ali, uma das gêneses de tudo isso, assegura.
- A queda do delegado-geral da Polícia Federal, Vicente Chellotti. "Os Porões do Brasil", em 3 de março de 1999.
- As operações ilegais da CIA, DEA e FBI no Brasil, no mais das vezes, naqueles tempos, em vistoso pas-de-deux com aquela mesma Polícia Federal. (Uma dezena de reportagens de capa em Carta Capital, edições entre 12 de maio de 1999 e 21 de abril de 2004.) Alguns dos rapazes daquela mesma polícia estão de volta e operaram com denodo no caso agora em questão, e ao lado de Daniel et caterva.
- Uma sucessão de reportagens de capa sobre a briga societária entre Daniel Dantas e seus sócios.
"Batalha feroz incluirá também a jornalistas e publicações"
Para jornalista Bob Fernandes, autor de várias reportagens sobre o tema, Daniel Dantas é um dos personagens centrais na "mais feroz e encarniçada batalha da história do capitalismo brasileiro". Essa batalha, afirma, inclui também a jornalistas e publicações. Segundo Ministério Público Federal, grupo de Dantas movimentou cerca de US$ 2 bilhões em paraíso fiscal das Ilhas Cayman.
- Redação - Carta Maior (www.cartamaior.com.br)
Segundo o procurador da República, Rodrigo de Grandis, responsável pela investigação sobre os negócios de Daniel Dantas e do banco Opportunity, a investigação da Polícia Federal deparou-se com indícios suficientes dos crimes financeiros de gestão fraudulenta, operação ilegal de instituição financeira, evasão de divisas e concessão de empréstimos vedados, além de uso indevido de informação privilegiada, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha.
O grupo de Dantas, diz o Ministério Público Federal, cometeu o crime de evasão de divisas por meio do Opportunity Fund, uma offshore no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe. Esse fundo movimentou cerca de US$ 2 bilhões entre 1992 e 2004. Além de evasão e quadrilha, assegura o MPF, as investigações permitem dizer que o grupo de Dantas cometeu também gestão fraudulenta, concessão de empréstimos vedados (empréstimos entre empresas do mesmo grupo) e corrupção ativa.
A Justiça Federal também decretou a prisão preventiva de duas pessoas que, a mando de Dantas, teriam oferecido US$ 1 milhão para um delegado federal que participava das investigações para que ele tirasse alguns nomes do inquérito policial. O delegado comunicou a tentativa de suborno à Justiça, que autorizou uma ação controlada, ou seja, os contatos continuaram sem que fosse dado o flagrante de corrupção ativa contra os corruptores com o objetivo de obter mais informações e provas.
Ainda segundo as investigações do MPF e da Polícia Federal, Daniel Dantas e seus associados formaram uma infinidade de empresas, na maioria empresas de fachada e laranjas, operadas por supostos "prepostos" ou "testas de ferro". O MPF e a PF pediram também a prisão do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal do PT, pela participação na organização criminosa de Daniel Dantas, mas o juiz federal Fausto de Sanctis entendeu que não existiam fundamentos suficientes para decretá-las.
Batalha feroz e encarniçadaPara o jornalista Bob Fernandes, primeiro a noticiar as prisões, no site Terra Magazine, Daniel Dantas é um dos personagens centrais na "mais feroz e encarniçada batalha da história do capitalismo brasileiro". Seu papel como protagonista, assinala, cresceu no governo Fernando Henrique Cardoso, especialmente na montagem do processo de privatizações no setor das telecomunicações. Essa batalha feroz e encarniçada, diz ainda o jornalista, não deixará de incluir também a jornalistas e publicações.
Bob Fernandes fala com conhecimento de causa. Como redator-chefe da revista Carta Capital, acompanhou "outras manilhas de esgotos da história verde-amarela" (como afirma em matéria no Terra Magazine) por meio de reportagens especiais. Algumas delas foram:
- O caso Banestado. "O Brasil, a maior lavagem de dinheiro do mundo". Datada de 30 de maio de 1998, objeto da única - até hoje - edição extra na já longa história da revista Carta Capital. Caso este que freqüenta a investigação da PF agora em curso.
- A privatização do Sistema Telebrás e a queda de Mendonça de Barros, ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique. "Fitas Sujam o Governo", em 25/11/98. Reportagem esta que levou à queda de "Mendonção". Ali, uma das gêneses de tudo isso, assegura.
- A queda do delegado-geral da Polícia Federal, Vicente Chellotti. "Os Porões do Brasil", em 3 de março de 1999.
- As operações ilegais da CIA, DEA e FBI no Brasil, no mais das vezes, naqueles tempos, em vistoso pas-de-deux com aquela mesma Polícia Federal. (Uma dezena de reportagens de capa em Carta Capital, edições entre 12 de maio de 1999 e 21 de abril de 2004.) Alguns dos rapazes daquela mesma polícia estão de volta e operaram com denodo no caso agora em questão, e ao lado de Daniel et caterva.
- Uma sucessão de reportagens de capa sobre a briga societária entre Daniel Dantas e seus sócios.