Índios da Raposa Serra do Sol encerram viagem pela Europa para divulgar luta por terra em Roraima
Fernando Moura
Fernando Moura
Especial para o UOL
Em Lisboa
Dois representantes da comunidade indígena Raposa Serra do Sol, que há meses vem lutando contra fazendeiros de arroz pela posse de suas terras no Estado de Roraima, encerraram nesta segunda-feira (07) uma turnê européia de 22 dias que realizaram com o intuito de denunciar as agressões sofridas pela sua comunidade nos últimos tempos, alertar para a futura decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a posse das suas terras e, fundamentalmente, para "criar uma nova relação com os indígenas brasileiros"."Precisamos estabelecer uma nova relação com a Europa e com os brasileiros. Tivemos de sair do Brasil para ser conhecidos", disse com exclusividade ao UOL Pierlângela Nascimento da Cunha, da liderança Wapichana e Coordenadora da Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opir), em reunião realizada em Lisboa, Portugal, o último país visitado na Europa. "Nossa turnê foi positiva. Precisávamos que a voz do nosso povo pudesse ser ouvida em outro lugar e conseguimos Colocar o tema na agenda européia."
"Os europeus devem mudar o preconceito para com os índios", disse o padre Mário de Carli
Os líderes indígenas Jacir e Pierlângela foram à Europa para "internacionalizar" a sua causa
Em Portugal, os índios falaram a curiosos pela causa e a alunos de uma escola do ensino fundamental
Dois representantes da comunidade indígena Raposa Serra do Sol, que há meses vem lutando contra fazendeiros de arroz pela posse de suas terras no Estado de Roraima, encerraram nesta segunda-feira (07) uma turnê européia de 22 dias que realizaram com o intuito de denunciar as agressões sofridas pela sua comunidade nos últimos tempos, alertar para a futura decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a posse das suas terras e, fundamentalmente, para "criar uma nova relação com os indígenas brasileiros"."Precisamos estabelecer uma nova relação com a Europa e com os brasileiros. Tivemos de sair do Brasil para ser conhecidos", disse com exclusividade ao UOL Pierlângela Nascimento da Cunha, da liderança Wapichana e Coordenadora da Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opir), em reunião realizada em Lisboa, Portugal, o último país visitado na Europa. "Nossa turnê foi positiva. Precisávamos que a voz do nosso povo pudesse ser ouvida em outro lugar e conseguimos Colocar o tema na agenda européia."
"Os europeus devem mudar o preconceito para com os índios", disse o padre Mário de Carli
Os líderes indígenas Jacir e Pierlângela foram à Europa para "internacionalizar" a sua causa
Em Portugal, os índios falaram a curiosos pela causa e a alunos de uma escola do ensino fundamental
Precisamos denunciar o que se passa na nossa reserva. Por isso estamos na Europa, para divulgar a notícia. Para que o mundo saiba de nós e assim o [presidente] Lula tenha apoio para nos ajudar", afirmou Jacir José de Souza, da liderança Macuxi do Conselho Indígena de Roraima (CIR) no Centro Universitário Padre Antônio Vieira, na capital portuguesa.
"O prejuízo é só para nós, eles destróem e nós sofremos, é uma situação de violência a nós e ao meio ambiente. Eles atacam e ninguém fez nada", comentou Pierlângela a uma numerosa platéia no auditório.A representante da Opir explicou que a luta em Roraima não é contra pessoas inocentes, "mas com pessoas com poder político para fazer o que fazem e depois tem dinheiro e poder econômico para pagar advogados e fazer o que querem (?) e assim seguir em frente".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/07/08/ult23u2509.jhtm
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/07/08/ult23u2509.jhtm
Que vergonha! Os índios não acreditam na justiça brasileira, não acreditam em uma decisão justa judicial do STF a favor deles. Arrozeiros, políticos do DEM estão contestando a homologação das terras indígenas feita pelo presidente Lula. Vergonhoso!