30 junho 2008

Lula nega reajuste 'eleitoreiro' do Bolsa Família e diz que críticos são 'insensíveis'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que o reajuste de 8% no valor dos benefícios do programa Bolsa Família, programado para vigorar a partir do mês de julho, seja uma ação de cunho eleitoreiro ou uma forma de indexação e afirmou que os críticos da alta "perderam a sensibilidade". Em seu programa semanal de rádio "Café com o presidente", Lula afirmou que o índice reflete a alta no preço geral dos alimentos em função da crise global e que "a parte mais pobre da população (...) merecia que a gente fizesse a reposição inflacionária". Segundo ele, o cálculo do reajuste foi feito pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Fazenda."Aqueles que falaram que [o reajuste] era eleitoreiro são pessoas que me parece que perderam a sensibilidade. Ou seja, como é que pode alguém imaginar que você fazer um reajuste [seja algo de cunho eleitoreiro] - e eu não queria fazer nada que pudesse indexar isso à inflação", afirmou Lula, que garantiu que o governo tem condições de arcar com pagamento dos novos valores dos benefícios.Prêmio merendaO presidente disse também que o governo irá premiar, pelo quinto ano, as prefeituras "que melhor geriram o programa de alimentação escolar" feito com base em repasses do governo federal.Segundo o próprio Lula, a premiação servirá também como avaliação das ações das prefeituras para "divulgar as boas gestões públicas municipais do programa de alimentação escolar".Desemprego em baixaO presidente também aproveitou o programa para comemorar pesquisa do IBGE da última semana, que revelou uma queda no índice de desemprego no país. Para ele, "os investimentos que o governo tem feito no PAC" e "os investimentos que as empresas privadas têm feito" são amostras "vigorosas" do que o país pode fazer para combater o desemprego. Lula afirmou ainda que o aumento de crédito disponível ajudará na geração de novos novos postos de trabalho no país.