Mensagens eletrônicas reforçam suspeitas contra deputado e presidente da Força
Novos documentos apresentados pela Polícia Federal à Justiça esta semana reforçam a suspeita de envolvimento do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), presidente da Força Sindical, no desvio de verbas do BNDES. Em troca de mensagens eletrônicas entre o dono da consultoria Progus, Marcos Mantovani, e sua filha e assistente, chamada apenas de Carol, Mantovani diz que parte do dinheiro recebido pelo grupo deve ser guardada para P.A. e que a sigla significa "Paulinho". Para a polícia, "Paulinho" é o deputado Paulo Pereira da Silva.
Documentos e gravações telefônicas já haviam complicado a vida de Paulinho, que poderá ser processado na Corregedoria da Câmara dos Deputados. O coronel reformado da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Jr., preso na Operação Santa Teresa, afirmou em depoimento à PF que o "chefe maior", citado em suas conversas telefônicas, era o deputado. Em outras gravações, um homem citado como "chefe lá de Brasília" é, para a polícia, Paulinho. Nas planilhas de rateio do dinheiro arrecadado com o empréstimo do BNDES ao município de Praia Grande (2% da primeira liberação, de R$ 40 milhões, de um total de R$ 124 milhões), há dinheiro destinado a "P.A.".
Na troca de e-mails, Carol pergunta ao pai: "Estes cheques da sua conta de R$ 18.397,50 vai (sic) ser nominal?" Marcos responde: "Não e não pode ser cruzado". A filha continua: "Certo. Um é para Ricardo Tosto e outro é para quem?" O pai responde: "P.A." Ela pergunta: "P.A.?" Marcos responde: "Paulinho".
Novos documentos apresentados pela Polícia Federal à Justiça esta semana reforçam a suspeita de envolvimento do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), presidente da Força Sindical, no desvio de verbas do BNDES. Em troca de mensagens eletrônicas entre o dono da consultoria Progus, Marcos Mantovani, e sua filha e assistente, chamada apenas de Carol, Mantovani diz que parte do dinheiro recebido pelo grupo deve ser guardada para P.A. e que a sigla significa "Paulinho". Para a polícia, "Paulinho" é o deputado Paulo Pereira da Silva.
Documentos e gravações telefônicas já haviam complicado a vida de Paulinho, que poderá ser processado na Corregedoria da Câmara dos Deputados. O coronel reformado da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Jr., preso na Operação Santa Teresa, afirmou em depoimento à PF que o "chefe maior", citado em suas conversas telefônicas, era o deputado. Em outras gravações, um homem citado como "chefe lá de Brasília" é, para a polícia, Paulinho. Nas planilhas de rateio do dinheiro arrecadado com o empréstimo do BNDES ao município de Praia Grande (2% da primeira liberação, de R$ 40 milhões, de um total de R$ 124 milhões), há dinheiro destinado a "P.A.".
Na troca de e-mails, Carol pergunta ao pai: "Estes cheques da sua conta de R$ 18.397,50 vai (sic) ser nominal?" Marcos responde: "Não e não pode ser cruzado". A filha continua: "Certo. Um é para Ricardo Tosto e outro é para quem?" O pai responde: "P.A." Ela pergunta: "P.A.?" Marcos responde: "Paulinho".
Os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a prefeitura de Praia Grande, na Baixada Santista, foram negociados na sede da Força Sindical em São Paulo e contaram com uma "assessoria técnica" da entidade, que agendou reunião até na sede do banco, no Rio. A negociação em São Paulo, com a presença do então superintendente da Área Social do banco, Júlio César Maciel Raimundo, ocorreu em 2006. É que mostra correspondência eletrônica a que o GLOBO teve acesso e que foi entregue à Justiça Federal esta semana pela PF.
A prefeitura de Praia Grande obteve dois empréstimos do BNDES. Um deles, de R$ 124 milhões, teve o contrato fechado em 4 de dezembro do ano passado, com o valor de R$ 124 milhões. Desse total, R$ 40 milhões foram liberados. O outro empréstimo, aprovado em 6 de novembro do ano passado, com valor bem menor, de R$ 32,99 milhões, está na gaveta.
A prefeitura de Praia Grande obteve dois empréstimos do BNDES. Um deles, de R$ 124 milhões, teve o contrato fechado em 4 de dezembro do ano passado, com o valor de R$ 124 milhões. Desse total, R$ 40 milhões foram liberados. O outro empréstimo, aprovado em 6 de novembro do ano passado, com valor bem menor, de R$ 32,99 milhões, está na gaveta.
O Globo