21 maio 2008

Espetáculo patético da oposição fracassa em CPI
Por José Dirceu
A oposição e a mídia tentaram mais uma vez, mas não conseguiram. Queriam um cadáver, uma cabeça. De preferência a da ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, mas se contentariam com a da secretaria executiva do ministério, Erenice Guerra.
O espetáculo na CPI dos cartões corporativos foi patético, tragicômico: um funcionário do Tribunal de Contas da União (TCU), militante do PSDB agora trabalhando no gabinete do senador tucano Álvaro Dias (PR), inventando histórias, prestando-se ao papel de dedo duro e traidor, usando e abusando de seu triste script.Os comentaristas, particularmente os das Organizações Globo, fizeram um tremendo esforço para transformá-lo em cidadão e funcionário público exemplar, cumpridor de seu dever. Tudo para provar que o governo elaborou um dossiê. Hoje há jornais que dizem em manchete que o ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes, admitiu que o ministério fez um dossiê. Mentira, ele sempre negou e sempre se referiu ao banco de dados. Integrantes da oposição, na segurança da impunidade em função do poder que detém, dirão que é a mesma coisa, que banco de dados na verdade é um dossiê, pouco importando o que realmente disse o ex-secretário de Controle Interno. Imagine se algum dia tiverem o controle do poder judiciário! Se a moda pega, estaremos num estado policial!
http://www.zedirceu.com.br/