DIREITO A VIDA
Em algum lugar do mundo, neste exato momento, tem alguém dizendo a um ente querido que está enfermo, um filho, a uma esposa, ou marido, a uma mãe, que se pudesse doaria uma parte de seu corpo, de seus órgão, para a cura da enfermidade. Cansei de ouvir essas palavras em hospitais que trabalhei, cansei de ouvir pais perguntando, se não havia mais nada que pudesse ser feito para salvar a vida do filho. Hoje o STF vai dar essa resposta a esses pais a essas famílias, que lutam contra a morte prematura de seus entes queridos. Respostas que muitas vezes os profissionais da área da saúde não puderam dar, ou davam como negativas. O Supremo Tribunal Federal retomará hoje, o julgamento sobre a permissão das pesquisas com células-tronco extraídas de embriões humanos congelados. É a esperança para milhares de pessoas, de crianças, com doenças degenerativas, que a cura está nas células - tronco embrionárias. As células tronco - embrionárias são capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo humano. Será que esses que são contra a permissão para as pesquisas com células tronco, não imaginam que podem vir a necessitar desse procedimento para salvar a vida de um filho? Ninguém está imune a doenças degenerativas, seja do sistema nervoso, sanguíneos, músculo- esquelético. Não há vacinas, não há cirurgias, os tratamentos medicamentosos são paliativos, e a degeneração é progressiva. É desumano saber que tantos estão sofrendo, condenados a uma vida cruel, com a morte na espreita, necessitando do tratamento com células - tronco, e negar a esses pacientes o direito a vida. Os embriões já existem,é o excedente da fertilização feita em laboratório, estão congelados, se não forem usados em pesquisas não terão outra utilidade, já foram descartados pelos doadores. Embriões não são vidas humanas, eles poderiam se tornar vidas humanas se implantados no útero materno, o que não vai ocorrer com esses embriões que são excedentes. Vamos torcer para que os ministros do STF decidam em favor da vida.
Jussara Seixas