Começa no Chile o maior processo de ex-agentes da ditadura
Juiz chileno inicia ação contra 98 agentes da polícia secreta da ditadura Pinochet por 119 desaparecimentos
Efe
SANTIAGO - Um juiz chileno iniciou nesta segunda-feira, 26, o processo de 98 agentes e colaboradores da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a Polícia secreta do regime militar, pelo desaparecimento de 119 opositores à ditadura de Augusto Pinochet no ano de 1975, informaram fontes judiciais.
Juiz chileno inicia ação contra 98 agentes da polícia secreta da ditadura Pinochet por 119 desaparecimentos
Efe
SANTIAGO - Um juiz chileno iniciou nesta segunda-feira, 26, o processo de 98 agentes e colaboradores da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a Polícia secreta do regime militar, pelo desaparecimento de 119 opositores à ditadura de Augusto Pinochet no ano de 1975, informaram fontes judiciais.
Juiz pede prisão de quase 100 no Chile por ligação com ditadura
Simon Gardener e Antonio de la Jara
Simon Gardener e Antonio de la Jara
Em Santiago
Quase 100 ex-militares e agentes chilenos receberam ordem de prisão na segunda-feira, como resultado da investigação sobre abusos cometidos durante a ditadura de Augusto Pinochet, segundo fontes judiciais.
O processo é relativo à "Operação Colombo", que ocorreu no início da ditadura (1973-90) e levou à morte de 119 adversários do regime.
Alguns dos detidos trabalharam para a célebre Dina (agência de inteligência), que mantinha centros de tortura por onde passaram centenas de pessoas, sendo que muitas foram mortas.
"É uma excelente notícia, porque a Operação Colombo também era um processo em que a imunidade do general Pinochet (morto em 2006) foi suspensa, e devido ao número de vítimas é um caso emblemático", disse à Reuters Sergio Laurenti, diretor-executivo da Anistia Internacional no Chile.
"Mas é importante que a polícia agora forneça as informações necessárias para permitir que as cortes sigam adiante. Há uma falta de cooperação das forças armadas e dos serviços de segurança."
Entre os envolvidos está o ex-diretor da Dina Manuel Contreras, já preso por outros crimes.
Para encobrir assassinatos, a polícia secreta de Pinochet contou com a colaboração das agências de inteligência de Brasil e Argentina no marco da "Operação Condor", uma ação coordenada entre as ditaduras militares que governavam países na América do Sul.
"As investigações do ministro Montiglio são meticulosas. Logicamente elas atribuem grande parcela de responsabilidade ao aparelho estatal, que foi envolvido nesses crimes horrendos, e por essa razão vamos perseguir os responsáveis até o final", disse Boris Paredes, advogado do Ministério do Interior.
Pinochet morreu sem ter sido punido pela morte de cerca de 3.000 pessoas e pelo fato de 28 mil terem sido torturadas e 200 mil terem se exilado.
O Chile atualmente vem tentando punir responsáveis por crimes da ditadura, já que uma lei de anistia, de 1978, não beneficia autores de abusos contra direitos humanos. Até agora, porém, pouco mais de 20 ex-militares e agentes foram condenados, e até antes de segunda-feira 380 outros estavam sob investigação, e as prisões se limitavam a indivíduos isolados ou pequenos grupos.
Quase 100 ex-militares e agentes chilenos receberam ordem de prisão na segunda-feira, como resultado da investigação sobre abusos cometidos durante a ditadura de Augusto Pinochet, segundo fontes judiciais.
O processo é relativo à "Operação Colombo", que ocorreu no início da ditadura (1973-90) e levou à morte de 119 adversários do regime.
Alguns dos detidos trabalharam para a célebre Dina (agência de inteligência), que mantinha centros de tortura por onde passaram centenas de pessoas, sendo que muitas foram mortas.
"É uma excelente notícia, porque a Operação Colombo também era um processo em que a imunidade do general Pinochet (morto em 2006) foi suspensa, e devido ao número de vítimas é um caso emblemático", disse à Reuters Sergio Laurenti, diretor-executivo da Anistia Internacional no Chile.
"Mas é importante que a polícia agora forneça as informações necessárias para permitir que as cortes sigam adiante. Há uma falta de cooperação das forças armadas e dos serviços de segurança."
Entre os envolvidos está o ex-diretor da Dina Manuel Contreras, já preso por outros crimes.
Para encobrir assassinatos, a polícia secreta de Pinochet contou com a colaboração das agências de inteligência de Brasil e Argentina no marco da "Operação Condor", uma ação coordenada entre as ditaduras militares que governavam países na América do Sul.
"As investigações do ministro Montiglio são meticulosas. Logicamente elas atribuem grande parcela de responsabilidade ao aparelho estatal, que foi envolvido nesses crimes horrendos, e por essa razão vamos perseguir os responsáveis até o final", disse Boris Paredes, advogado do Ministério do Interior.
Pinochet morreu sem ter sido punido pela morte de cerca de 3.000 pessoas e pelo fato de 28 mil terem sido torturadas e 200 mil terem se exilado.
O Chile atualmente vem tentando punir responsáveis por crimes da ditadura, já que uma lei de anistia, de 1978, não beneficia autores de abusos contra direitos humanos. Até agora, porém, pouco mais de 20 ex-militares e agentes foram condenados, e até antes de segunda-feira 380 outros estavam sob investigação, e as prisões se limitavam a indivíduos isolados ou pequenos grupos.
Amigos leitores, com sinceridade, que inveja, que inveja