A primeira sentença de sete casos de anistiadas políticas que estão sendo julgados nesta sexta-feira (7) pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça foi deferida para Clara Charf. A companheira de Carlos Marighella, fundador da ALN (Ação Libertadora Nacional), será indenizada com a prestação mensal permanente continuada, ou seja, vitalícia, de R$ 2.520,00.
Clara enfrentou repressão desde 1946, quando começou a militar politicamente, e o risco de ser presa a fez abandonar a carreira de aeromoça, situação que implicou no valor determinado pela comissão. Isso porque as contas foram feitas levando-se em consideração o rendimento que a anistiada teria caso tivesse continuado a trabalhar.
Durante a sessão, foi dito que Clara poderia recorrer do valor determinado em um período de 30 dias. Clara tomou a palavra para solicitar que ninguém entrasse com recurso, e deixar claro que não o faria. "O Estado jamais vai poder pagar as vidas das pessoas. O que a gente tem que pedir é que isso não se repita no Brasil. O mais importante não é o dinheiro, mas o valor dessa comissão para tornar público o que aconteceu", disse a anistiada, aplaudida de pé pelo público que acompanha a sessão aberta.
Também receberam indenização mais duas anistiadas. Ana Wilma Moraes, que trabalhava como secretária no jornal Folha da Manhã, receberá uma prestação mensal vitalícia de R$ 2.000,00, também por ser obrigada a abandonar a profissão. Já Estrella Dalva Bursztyn, que era estudante, recebeu uma indenização única equivalente a 270 salários míninos (cerca de R$ 110 mil; como o teto na indenização única é de R$ 100 mil, ela receberá este último valor) por 9 anos de perseguição.
Serão julgados ainda os casos de Nancy Mangabeira Unger, Beatriz Arruda, Halue Yamaguti de Melo e Maria do Socorro de Magalhães. Os sete casos representam uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã, e fazem parte de um universo de 60 mil requerimentos que estão na comissão.
A metade deles já foi analisada, sendo que 50% foram deferidos. A previsão é que todos sejam julgados até 2010 ainda durante o mandato do presidente Lula.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/03/07/ult23u1413.jhtm
Clara enfrentou repressão desde 1946, quando começou a militar politicamente, e o risco de ser presa a fez abandonar a carreira de aeromoça, situação que implicou no valor determinado pela comissão. Isso porque as contas foram feitas levando-se em consideração o rendimento que a anistiada teria caso tivesse continuado a trabalhar.
Durante a sessão, foi dito que Clara poderia recorrer do valor determinado em um período de 30 dias. Clara tomou a palavra para solicitar que ninguém entrasse com recurso, e deixar claro que não o faria. "O Estado jamais vai poder pagar as vidas das pessoas. O que a gente tem que pedir é que isso não se repita no Brasil. O mais importante não é o dinheiro, mas o valor dessa comissão para tornar público o que aconteceu", disse a anistiada, aplaudida de pé pelo público que acompanha a sessão aberta.
Também receberam indenização mais duas anistiadas. Ana Wilma Moraes, que trabalhava como secretária no jornal Folha da Manhã, receberá uma prestação mensal vitalícia de R$ 2.000,00, também por ser obrigada a abandonar a profissão. Já Estrella Dalva Bursztyn, que era estudante, recebeu uma indenização única equivalente a 270 salários míninos (cerca de R$ 110 mil; como o teto na indenização única é de R$ 100 mil, ela receberá este último valor) por 9 anos de perseguição.
Serão julgados ainda os casos de Nancy Mangabeira Unger, Beatriz Arruda, Halue Yamaguti de Melo e Maria do Socorro de Magalhães. Os sete casos representam uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã, e fazem parte de um universo de 60 mil requerimentos que estão na comissão.
A metade deles já foi analisada, sendo que 50% foram deferidos. A previsão é que todos sejam julgados até 2010 ainda durante o mandato do presidente Lula.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/03/07/ult23u1413.jhtm