Virgilio lança-se para 2010 e amplia crise tucana
BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) aumenta ainda mais a confusão entre os tucanos e colocou-se como pré-candidato do partido às eleições de 2010. Para o senador, que entrou em atrito com o governador de São Paulo, o também tucano José Serra, durante a tramitação da CPMF no Senado, acabou o tempo de a cúpula tucana escolher o candidato e o resto do partido ter que obedecer. " Chega de três ou quatro entrarem em restaurante caro para ungir Zezinho, enquanto o demagogo do Lula vai em restaurante popular " , atacou o senador amazonense.É uma referência velada ao jantar em um restaurante de luxo em São Paulo há dois anos, entre Serra, o governador mineiro Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o então presidente da sigla, senador Tasso Jeressaiti (CE), para discutir a sucessão de 2006. Na ocasião, os caciques apoiaram Serra. Mas o candidato do partido foi o ex-governador paulista Geraldo Alckmin.Virgilio minimiza o confronto com Serra, mas diz que o partido mudou depois da votação da CPMF. " Houve uma inflexão sim. O PSDB tem que ser contra o aumento dos impostos, sempre. Não pode o governo resolver aumentar e um governador ou prefeito aparecer e dizer que está tudo bem " . Para o líder no Senado, o PSDB está há oito anos fora do poder e correrá o risco de ficar mais tempo longe do Planalto se não mudar. " O partido tem que ter cara, sempre. Eu tenho 30 anos de vida pública, honesta " , afirmou ele. Virgílio não se assusta com o fraco desempenho que teve nas eleições de 2006, quando concorreu ao governo estadual e teve menos de 2% das intenções de voto. " Fiquei isolado, tinha que dar palanque para o Alckmin e enfrentei Lula em seu melhor momento. Muitos teriam desistido " , disse.Uma eventual candidatura Virgílio, caso supere de fato a dicotomia Serra-Aécio, traria como bandeira a redução dos impostos, do tamanho da máquina, transparência dos gastos públicos e reformas tributária e previdenciária no primeiro ano de mandato. " As mensagens com as reformas estruturantes essenciais devem estar no Congresso no primeiro dia " , disse.O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), confirmou que Virgílio lhe comunicou sua pré-candidatura na semana passada. Além do senador pernambucano, o líder do PSDB conversou também com o próprio Serra e com Fernando Henrique . " O Virgílio foi enfático. Vamos incluir o nome dele nas próximas pesquisas qualitativas, para avaliar a reação do eleitorado " , prometeu Guerra.
(Paulo de Tarso Lyra Valor Econômico) BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) aumenta ainda mais a confusão entre os tucanos e colocou-se como pré-candidato do partido às eleições de 2010. Para o senador, que entrou em atrito com o governador de São Paulo, o também tucano José Serra, durante a tramitação da CPMF no Senado, acabou o tempo de a cúpula tucana escolher o candidato e o resto do partido ter que obedecer. " Chega de três ou quatro entrarem em restaurante caro para ungir Zezinho, enquanto o demagogo do Lula vai em restaurante popular " , atacou o senador amazonense.É uma referência velada ao jantar em um restaurante de luxo em São Paulo há dois anos, entre Serra, o governador mineiro Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o então presidente da sigla, senador Tasso Jeressaiti (CE), para discutir a sucessão de 2006. Na ocasião, os caciques apoiaram Serra. Mas o candidato do partido foi o ex-governador paulista Geraldo Alckmin.Virgilio minimiza o confronto com Serra, mas diz que o partido mudou depois da votação da CPMF. " Houve uma inflexão sim. O PSDB tem que ser contra o aumento dos impostos, sempre. Não pode o governo resolver aumentar e um governador ou prefeito aparecer e dizer que está tudo bem " . Para o líder no Senado, o PSDB está há oito anos fora do poder e correrá o risco de ficar mais tempo longe do Planalto se não mudar. " O partido tem que ter cara, sempre. Eu tenho 30 anos de vida pública, honesta " , afirmou ele. Virgílio não se assusta com o fraco desempenho que teve nas eleições de 2006, quando concorreu ao governo estadual e teve menos de 2% das intenções de voto. " Fiquei isolado, tinha que dar palanque para o Alckmin e enfrentei Lula em seu melhor momento. Muitos teriam desistido " , disse.Uma eventual candidatura Virgílio, caso supere de fato a dicotomia Serra-Aécio, traria como bandeira a redução dos impostos, do tamanho da máquina, transparência dos gastos públicos e reformas tributária e previdenciária no primeiro ano de mandato. " As mensagens com as reformas estruturantes essenciais devem estar no Congresso no primeiro dia " , disse.O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), confirmou que Virgílio lhe comunicou sua pré-candidatura na semana passada. Além do senador pernambucano, o líder do PSDB conversou também com o próprio Serra e com Fernando Henrique . " O Virgílio foi enfático. Vamos incluir o nome dele nas próximas pesquisas qualitativas, para avaliar a reação do eleitorado " , prometeu Guerra.
Se preparem, vamos assistir a um espetáculo digno de Fellini. Será inesquecível, além de hilário.