Marinho anuncia redução do déficit da Previdência Social
O crescimento da economia, o bom desempenho do mercado e trabalho – em 2007, o Caged registrou o melhor ano de toda a série histórica, com a criação de 1,6 milhão de postos formais - e as medidas de gestão adotadas ao longo do ano passado pela pasta foram responsáveis pela inversão da tendência de crescimento do déficit da Previdência Social. A análise foi feita nesta terça-feira (22) pelo ministro da Previdência, Luiz Marinho, ao anunciar o resultado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em 2007. “Com o crescimento da economia nos últimos anos e as medidas de gestão entramos em um processo de reversão do déficit. A retomada da economia tem dois efeitos, melhora a cobertura previdenciária, com a inclusão de mais trabalhadores, e melhora a arrecadação”, afirmou Marinho.
O ministro explicou que, com base no novo conceito de contabilidade da Previdência, o déficit em 2007 foi de R$ 537,7 milhões. Por esta metodologia são contabilizados como receita os aportes do Tesouro Nacional para cobrir os gastos com o pagamento de aposentadorias rurais, as renúncias fiscais para entidades filantrópicas e a parcela da arrecadação do Simples.
Marinho destacou que, mesmo com a antecipação de parte do pagamento dos beneficiários em dezembro, o que representou uma despesa extra de R$ 2,7 bilhões em 2007, a necessidade de financiamento do RGPS caiu de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,75%. Caso parte do pagamento não tivesse sido antecipada de janeiro para dezembro, o déficit teria ficado em 1,62% do PIB.
O ministro acredita na manutenção da tendência de redução do déficit este ano, mesmo com a crise da economia americana. Segundo ele, embora haja um pequeno impacto por conta da crise, a economia brasileira está sólida e robusta, totalmente capaz de responder aos desafios externos. “A economia brasileira não é mais dependente do mercado internacional, principalmente dos Estados Unidos, como no passado. Há um ligeiro impacto na bolsa, mas as empresas irão se ajustar. Além do aumento na demanda interna, nos últimos anos conquistamos outros mercados”, disse o ministro.
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