06 outubro 2007


Lula: Privatizações foram um processo de doação da coisa pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar nesta sexta-feira (5), em Santa Catarina, as privatizações de empresas públicas durante governos anteriores.
Ao participar da assinatura do termo entre os governo federal e de Santa Catarina que dá início ao processo de incorporação do Banco Estadual de Santa Catarina (Besc) ao Banco do Brasil, Lula classificou as privatizações do passado como “quase processo de doação da coisa pública”.Segundo o presidente, quando um banco público dava prejuízo, citando o Banco do Brasil, surgiam os defensores de que a instituição deveria ser vendida, pois não “prestava” e era ineficiente.
“Os bancos públicos eram utilizados muito mais para os interesses dos governantes do que para os interesses da população, dos empresários”, afirmou Lula, para quem os bancos estatais, às vezes, lucram menos que os particulares porque têm mais compromissos sociais do que a iniciativa privada.Com a transferência de controle do Besc e do Besc S/A - Crédito Imobiliário (Bescri) para Banco do Brasil, o conglomerado catarinense deixará de ser privatizado, como estava previsto no contrato de federalização firmado em 1999, durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso.Para o processo ser efetivado, o Senado precisa aprovar o termo aditivo assinado hoje, como fez com o contrato de federalização. Depois, o Conselho Nacional de Desestatização (CND) deverá propor ao presidente Lula a edição de um decreto para a retirada das duas instituições bancárias do Programa Nacional de Desestatização (PND). O Banco do Brasil terá um ano para concluir a incorporação.
Agência Brasil