A oposição resolveu brincar com fogo e quer de todo modo rejeitar a prorrogação da CPMF no Senado. Aproveita a crise da instituição e, com o apoio da mídia, que vai tentando comandar o Senado, está construindo um movimento de oposição à contribuição, com apoio do PSDB e PFL, agora DEM, que apoiaram essa mesma CPMF, durante todo o governo FHC. A mídia, aos poucos, vai empurrando os senadores para a irresponsabilidade de não aprovar a CPMF. Ou seja, cortar do Orçamento de 2008 a bagatela de R$ 42 bilhões.Todos sabem que o governo Lula desonerou mais de 36 bilhões de reais de impostos nos últimos anos, que a CPMF não é um imposto regressivo ou em cascata, que está sendo preparada uma reforma tributária do ICMS, a criação do IVA Estadual e Federal, que o governo tem apoiado os Estados, com investimentos do PAC, aumento de recursos na área da Saúde, autorização de empréstimos, aumento do limite de endividamento para empréstimo de saneamento e habitação, aumento dos recursos da Educação, via Fundeb, aumento dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios. Há uma verdadeira ação de apoio aos Estados e municípios e uma disposição de se discutir o Pacto Federativo tributário e revê-lo.Agora, o que assistimos é a tentativa pura e simples de não aprovar a CPMF, sob o disfarce de aumentar os recursos para a Saúde ou destinar parcela significativa da CPMF para Estados e Municípios ou ainda diminuir anualmente a alíquota, hoje de 0,38%. Alguns querem o fim da DRU, ou seja, querem uma crise fiscal e querem paralisar o governo, o PAC, criar instabilidade, além de mobilizar parte da opinião pública contra o governo.Tudo legítimo, mas é preciso denunciar que durante todo o governo FHC não se viu nada disso, desses mesmos personagens, inclusive da mídia. Nenhuma oposição à CPMF. Volta o desejo secreto de desestabilizar o governo Lula e, quem sabe, derrubá-lo ou, pelo menos, derrotá-lo nas urnas em 2010.