15 setembro 2007

Recorde o golpe de Cacciola, com ajuda do amigo FHC
Entenda o caso do banco Marka

da Folha Online
Em janeiro de 1999, o Banco Central elevou o teto da cotação do dólar de R$ 1,22 a R$ 1,32. Os bancos Marka e FonteCindam haviam assumido pesados compromissos em dólar. Salvatore Cacciola, do Marka, pediu socorro ao BC.
Sob a alegação de evitar uma quebradeira no mercado, o BC vendeu dólar mais barato ao Marka e ao FonteCindam.
A chefe interina do Departamento de Fiscalização do BC era Tereza Grossi, que mediou as negociações e pediu à Bolsa de Mercadorias & Futuros uma carta para justificar o socorro. O caso foi alvo de uma CPI, que concluiu que houve prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos.
Em 2005, a Justiça Federal do Rio de Janeiro, através da juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, condenou Francisco Lopes, então presidente do BC, a dez anos de prisão em regime fechado, além da ex-diretora de Fiscalização do BC Tereza Grossi (seis anos).
Lopes e Grossi foram acusados de ter favorecido os bancos às vésperas da desvalorização do real.
Salvatore Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato (ou utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta.
Também foram condenados na mesma sentença Cláudio Mauch, Madureira, Luiz Augusto Bragança (cinco anos em regime semi-aberto), Luiz Antonio Gonçalves (dez anos) e Roberto José Steinfeld (dez anos).