PAPAGAIO DESTRAMBELHADO
O presidente Lula foi muito bem no debate da Globo ontem, 27/10. Respondeu às perguntas de forma clara e objetiva. Mesmo com pouco tempo, mostrou o que fez e o que é possível fazer, sem soluções mágicas tiradas da cartola. A mágica flui no ar como fumaça, mas o que se faz com responsabilidade, conhecimento de causa, sabedoria e empenho é real e duradouro. Por exemplo, a nossa economia após quatro anos de governo Lula, sem sustos, sem pacotes, sem recessão, está sólida, estabilizada, apontando para um crescimento cada vez maior do país.
Mas não gostei do formato do debate, pois o tempo muito curto para as respostas favorecia Alckmin, que não tinha nada a dizer: preferiu atacar Lula ao invés de dar respostas objetivas. Os esclarecimentos de Lula ficaram truncados e as respostas tiveram que ser superficiais, devido à falta de tempo. Seria melhor se os temas fossem reduzidos e o tempo de resposta ampliado.
Alckmin usou sempre, em todos os debates, as mesmas palavras e frases, como um disco riscado, sem acrescentar qualquer novidade para os eleitores. Após todos esses debates, tenho certeza de que os telespectadores ainda não sabem quem é o Alckmin, o que fez como governador de SP. Com mais tempo para o tema segurança, por exemplo, Alckmin teria de explicar por quê disse aos jornais, antes dos ataques do PCC em SP, que o PCC estava dominado, enfraquecido e não oferecia perigo a população: ocorreu justamente o contrário.
Alckmin deveria explicar também por quê diminuiu o contingente das polícias. Por que arrochou os salários das polícias? Por que transformou a FEBEM em depósito de jovens infratores sem a mínima chance de recuperação, com tantas fugas rebeliões e mortes? Por que, ao invés de combater o crime organizado, fez acordos com os bandidos, proporcionando a eles celulares, visitas fora de hora e outras regalias adicionais? Por que manteve um torturador sanguinário da ditadura militar, o Calandra, vulgo "capitão Ubirajara", como alto funcionário da polícia? Por que manteve o Saulo de Abreu como secretário da segurança mesmo após ele ter se mostrado tão incompetente e negligente? Por que não mandou os presos de alta periculosidade para a prisão de segurança máxima do governo federal? Por que não aceitou ajuda do governo federal no auge dos violentos ataques do PCC em SP?
Se explicasse tudo isso, o eleitor poderia ter uma idéia do que ele faria para garantir a segurança da população. A verdade é que Alckmin foi omisso, negligente, incompetente, não investiu nas polícias de SP, não investiu em tecnologia, não investiu em novos equipamentos, não investiu no aperfeiçoamento nem na segurança dos policiais. Por isso as polícias de SP não podem garantir a segurança da população do estado mais populoso do país.
O governo Lula vigia as fronteiras com cuidado e empenho: basta ver os números de ações e prisões feitas nas fronteiras pela policia federal. Diariamente ocorrem prisões nas fronteiras por contrabando, por tráfico de drogas e por tráfico de armas. Mais de 80% das armas apreendidas com bandidos são de fabricação nacional, não entraram pelas fronteiras. As ordens para as ações do crime organizado partem de dentro das cadeias paulistas, graças a celulares ou à ajuda de advogados, parentes dos criminosos e até de policiais corruptos. Se houvesse tempo nos debates, toda a incompetências de Alckmin ficaria exposta, pois teria de se explicar e não poderia ficar se repetindo o tempo todo, como um papagaio destrambelhado.
Jussara Seixas
O presidente Lula foi muito bem no debate da Globo ontem, 27/10. Respondeu às perguntas de forma clara e objetiva. Mesmo com pouco tempo, mostrou o que fez e o que é possível fazer, sem soluções mágicas tiradas da cartola. A mágica flui no ar como fumaça, mas o que se faz com responsabilidade, conhecimento de causa, sabedoria e empenho é real e duradouro. Por exemplo, a nossa economia após quatro anos de governo Lula, sem sustos, sem pacotes, sem recessão, está sólida, estabilizada, apontando para um crescimento cada vez maior do país.
Mas não gostei do formato do debate, pois o tempo muito curto para as respostas favorecia Alckmin, que não tinha nada a dizer: preferiu atacar Lula ao invés de dar respostas objetivas. Os esclarecimentos de Lula ficaram truncados e as respostas tiveram que ser superficiais, devido à falta de tempo. Seria melhor se os temas fossem reduzidos e o tempo de resposta ampliado.
Alckmin usou sempre, em todos os debates, as mesmas palavras e frases, como um disco riscado, sem acrescentar qualquer novidade para os eleitores. Após todos esses debates, tenho certeza de que os telespectadores ainda não sabem quem é o Alckmin, o que fez como governador de SP. Com mais tempo para o tema segurança, por exemplo, Alckmin teria de explicar por quê disse aos jornais, antes dos ataques do PCC em SP, que o PCC estava dominado, enfraquecido e não oferecia perigo a população: ocorreu justamente o contrário.
Alckmin deveria explicar também por quê diminuiu o contingente das polícias. Por que arrochou os salários das polícias? Por que transformou a FEBEM em depósito de jovens infratores sem a mínima chance de recuperação, com tantas fugas rebeliões e mortes? Por que, ao invés de combater o crime organizado, fez acordos com os bandidos, proporcionando a eles celulares, visitas fora de hora e outras regalias adicionais? Por que manteve um torturador sanguinário da ditadura militar, o Calandra, vulgo "capitão Ubirajara", como alto funcionário da polícia? Por que manteve o Saulo de Abreu como secretário da segurança mesmo após ele ter se mostrado tão incompetente e negligente? Por que não mandou os presos de alta periculosidade para a prisão de segurança máxima do governo federal? Por que não aceitou ajuda do governo federal no auge dos violentos ataques do PCC em SP?
Se explicasse tudo isso, o eleitor poderia ter uma idéia do que ele faria para garantir a segurança da população. A verdade é que Alckmin foi omisso, negligente, incompetente, não investiu nas polícias de SP, não investiu em tecnologia, não investiu em novos equipamentos, não investiu no aperfeiçoamento nem na segurança dos policiais. Por isso as polícias de SP não podem garantir a segurança da população do estado mais populoso do país.
O governo Lula vigia as fronteiras com cuidado e empenho: basta ver os números de ações e prisões feitas nas fronteiras pela policia federal. Diariamente ocorrem prisões nas fronteiras por contrabando, por tráfico de drogas e por tráfico de armas. Mais de 80% das armas apreendidas com bandidos são de fabricação nacional, não entraram pelas fronteiras. As ordens para as ações do crime organizado partem de dentro das cadeias paulistas, graças a celulares ou à ajuda de advogados, parentes dos criminosos e até de policiais corruptos. Se houvesse tempo nos debates, toda a incompetências de Alckmin ficaria exposta, pois teria de se explicar e não poderia ficar se repetindo o tempo todo, como um papagaio destrambelhado.
Jussara Seixas