16 setembro 2006

GOVERNO LULA
A Pnad mostra que a renda do trabalhador subiu 4,6% em 2005

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro subiu 4,6% em 2005, saltando de R$ 770 para R$ 805,00. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) divulgada hoje (15), pelo Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação mais baixa e o reajuste do salário mínimo foram os principais motivos para esse aumento da renda média do trabalhador, que se revelou mais significativo na camada dos que ganham menos.Segundo a PNAD, todas as categorias de empregados tiveram melhorias salariais, mas foram as mulheres que tiveram os maiores reajustes salariais - um crescimento de 6,3%, enquanto para os homens a alta foi de 3,9%.Outra boa notícia da pesquisa é que a concentração de renda continuou diminuindo em 2005 e atingiu o seu menor nível histórico. O índice Gini, que mede a distribuição do rendimento, passou de 0,585 em 1995 para 0,544 no ano passado. Trata-se do menor resultado desde 1981, lembrando que quando mais perto esse índice fica do zero, melhor é a distribuição da renda. Segundo o IBGE, o indicador teve queda de 7% nos últimos dez anos.Em 2005, a população ocupada cresceu 2,9% em relação ao ano anterior, superando o número de pessoas que nasceram naquele ano (2%). O mercado de trabalho absorveu 56,8% da população ativa, o maior percentual desde 1996. Foram mais 2,5 milhões de pessoas, das quais a maioria eram mulheres. O número de empregados com carteira assinada cresceu 5,3%, enquanto o dos empregados sem registro subiu apenas 0,1%. Entre os trabalhadores domésticos, 4,5% conseguiram registro e 2,3% permaneceram na informalidade.Na Educação, o percentual de pessoas de 7 anos a 14 anos de idade que não freqüentavam escola caiu de 9,8% em 1995 para 2,6% em 2005. No caso do grupo de pessoas de 15 a 17 anos, o porcentual recuou de 33,4% para 18,0% no período. A taxa de analfabetismo das pessoas de 10 ou mais anos de idade caiu de 14,7% em 1995 para 10,1% em 2005.Enquanto caiu o porcentual de analfabetos, aumentou a fatia das pessoas com maior escolaridade. Segundo a PNAD, o porcentual de pessoas com 11 anos ou mais de estudo (que concluíram pelo menos o ensino médio) subiu de 15,5% em 1995 para 27,6% em 2005.