A LISTA DE FURNAS
A constatação da perícia da Polícia Federal de que é autêntica a assinatura do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo na lista de repasses ilegais a candidatos na campanha de 2002 feitos através da estatal mineira não motivou a imprensa a divulgar a lista com o nome de 156 políticos beneficiados com o caixa 2 de Furnas, conhecida desde o ano passado.
por Marina Amaral
A notícia de que o Instituto Nacional de Criminalística havia comprovado não haver montagem no documento e de que a assinatura de Dimas Toledo era verdadeira, apesar dos depoimentos em contrário do próprio Toledo ( diretor de Furnas de 1995 a 2005) à Polícia Federal e à CPMI dos Correios foi publicada discretamente. E ao lado de desmentidos enfáticos dos principais atingidos – os políticos do PSDB – e de acusações aos autores da denúncia e à Polícia Federal.
No dia 20 de junho, logo após a divulgação do laudo do Instituto Nacional de Criminalística declarando não haver montagem na lista encabeçada pelos candidatos majoritários do PSDB – José Serra (Presidência), Geraldo Alckmin (governo de São Paulo), Aécio Neves (governo de Minas Gerais), José Aníbal (senador por São Paulo), Eduardo Azeredo (senado por MG) –, o senador Arthur Virgílio fez um irado discurso no Congresso pondo em dúvida a validade do laudo e acusando a Polícia Federal e seu superior, o ministro da Justiça, de parcialidade com motivações eleitorais.
Alyda