Empresários preparam manifesto pela reeleição de Lula
Um grupo de empresários está finalizando um manifesto de apoio à reeleição do presidente Lula. A idéia é recolher assinaturas em todo o país e realizar um evento de lançamento em São Paulo, na primeira quinzena de setembro. Um primeiro esboço já está pronto e passa por discussões internas.
A iniciativa é dirigida por quatro empresários historicamente ligados ao partido: Lawrence Pih, do Moinho Pacífico; José Pessoa de Queiroz Bisneto, do Grupo J. Pessoa; Michael Haradom, da Fersol; e Marco Piva, do setor de comunicação.
Eles têm se reunido com representantes de empresas em busca de apoio ao manifesto. “Nosso trabalho é mostrar que o setor empresarial tem afinidade com o governo Lula pela combinação de dois fatores: o econômico e o social”, afirma Michael Haradom.
O manifesto deverá ser um texto objetivo, com foco específico na reeleição do presidente Lula, mostrando a importância do crescimento econômico com o combate à desigualdade social.
“Nossa relação é orgânica, definida por princípios de identidade”, diz Marco Piva, secretário-executivo do grupo.
Os empresários não estão envolvidos com a arrecadação de recursos financeiros. “Nossa tarefa é essencialmente política”, explica Lawrence Pih. Ele antecipa que o grupo pretende elaborar sugestões para o programa de governo nas áreas trabalhista, previdenciária, tributária e política.
“O bom cenário de hoje precisa ser aprimorado, daí a necessidade de implementar novas medidas para que esse governo avance ainda mais, econômica e socialmente”, diz Pih.
História
A relação entre o PT e os empresários nem sempre foi tranqüila. Lawrence Pih lembra que a primeira iniciativa formal de engajar empresários de São Paulo no partido aconteceu em 1986, durante a campanha do senador Eduardo Suplicy ao governo do Estado. As reuniões aconteciam em seu escritório, no Jardim Europa, bairro nobre da capital. Até mesmo petistas viam com restrição esse apoio.
Na campanha presidencial de 1989, empresários se manifestaram individualmente em favor de Lula. Foi o caso de Oded Grajew, do setor de brinquedos. Em 1994, foi criado o Comitê de Empresários Lula Presidente, que realizou iniciativas ousadas para combater o preconceito contra o candidato.
Uma delas foi uma panfletagem na Bolsa de Valores de São Paulo. O pequeno grupo foi hostilizado e vaiado. Em 1998, a campanha não entusiasmou o empresariado, mas, em 2002, o grupo voltou e, dessa vez, conseguiu apoios de peso como Eugênio Staub, da Gradiente, e Ivo Rossetti, da Valisére. A idéia foi mostrar que não haveria instabilidade econômica com a vitória de Lula.
A reedição do comitê em 2006 tem foco no empresário como cidadão, que tem o direito de expressar sua opção ideológica, e na adesão de pequenos e médios empreendedores.
Um grupo de empresários está finalizando um manifesto de apoio à reeleição do presidente Lula. A idéia é recolher assinaturas em todo o país e realizar um evento de lançamento em São Paulo, na primeira quinzena de setembro. Um primeiro esboço já está pronto e passa por discussões internas.
A iniciativa é dirigida por quatro empresários historicamente ligados ao partido: Lawrence Pih, do Moinho Pacífico; José Pessoa de Queiroz Bisneto, do Grupo J. Pessoa; Michael Haradom, da Fersol; e Marco Piva, do setor de comunicação.
Eles têm se reunido com representantes de empresas em busca de apoio ao manifesto. “Nosso trabalho é mostrar que o setor empresarial tem afinidade com o governo Lula pela combinação de dois fatores: o econômico e o social”, afirma Michael Haradom.
O manifesto deverá ser um texto objetivo, com foco específico na reeleição do presidente Lula, mostrando a importância do crescimento econômico com o combate à desigualdade social.
“Nossa relação é orgânica, definida por princípios de identidade”, diz Marco Piva, secretário-executivo do grupo.
Os empresários não estão envolvidos com a arrecadação de recursos financeiros. “Nossa tarefa é essencialmente política”, explica Lawrence Pih. Ele antecipa que o grupo pretende elaborar sugestões para o programa de governo nas áreas trabalhista, previdenciária, tributária e política.
“O bom cenário de hoje precisa ser aprimorado, daí a necessidade de implementar novas medidas para que esse governo avance ainda mais, econômica e socialmente”, diz Pih.
História
A relação entre o PT e os empresários nem sempre foi tranqüila. Lawrence Pih lembra que a primeira iniciativa formal de engajar empresários de São Paulo no partido aconteceu em 1986, durante a campanha do senador Eduardo Suplicy ao governo do Estado. As reuniões aconteciam em seu escritório, no Jardim Europa, bairro nobre da capital. Até mesmo petistas viam com restrição esse apoio.
Na campanha presidencial de 1989, empresários se manifestaram individualmente em favor de Lula. Foi o caso de Oded Grajew, do setor de brinquedos. Em 1994, foi criado o Comitê de Empresários Lula Presidente, que realizou iniciativas ousadas para combater o preconceito contra o candidato.
Uma delas foi uma panfletagem na Bolsa de Valores de São Paulo. O pequeno grupo foi hostilizado e vaiado. Em 1998, a campanha não entusiasmou o empresariado, mas, em 2002, o grupo voltou e, dessa vez, conseguiu apoios de peso como Eugênio Staub, da Gradiente, e Ivo Rossetti, da Valisére. A idéia foi mostrar que não haveria instabilidade econômica com a vitória de Lula.
A reedição do comitê em 2006 tem foco no empresário como cidadão, que tem o direito de expressar sua opção ideológica, e na adesão de pequenos e médios empreendedores.