01 agosto 2006

ALCKMIN DISSE QUE SE ODEIA!

Alckmin se odeia. Alckmin declarou que tem ódio e nojo de corrupção e de incompetência. Ele literalmente se odeia. Por outro lado, para ter dado essa declaração de ódio por si mesmo, pode ser que tenha sido pego com as calças nas mãos, com a boca na botija, com a mão na cumbuca. Foi descoberto o esquema da Nossa Caixa que desviava dinheiro público, comandado por Alckmin, para publicidade sobre ele mesmo e sobre o seu incompetente governo. A verba de publicidade do banco Nossa Caixa teria sido usada em jornais, revistas, blogs. O blog e revista do Reinaldo Azevedo, criados pelo ex-ministro de FHC Luiz Carlos Mendonça de Barros, Primeira Leitura, deixaram de existir após as denúncias. Sem dinheiro da Nossa Caixa não tem revista e nem blog. Tinha programas mantidos de rádio e TV, pelos deputados Wagner Salustiano e Vaz de Lima, do PSDB, Edson Ferrarini e Bispo Gê, do PTB, e Afanásio Jazadji, do PFL. O governo estaria ligado ao esquema por meio do então assessor de comunicação do governador, Roger Ferreira, exonerado do cargo. Uma troca de e-mails com o ex-diretor do Nossa Caixa revelou que Ferreira pedia atenção especial aos veículos de comunicação ligados a aliados de Alckmin. O Deputado Afanásio Jazadji(PFL), confirmou os pagamentos do "mensalão" para publicidade com o dinheiro da Nossa Caixa, e afirmou que Alckmin era o chefe do esquema de corrupção do desvio do dinheiro da Nossa Caixa. Outra maracutaia descoberta foi a dos 400 modelitos que Lu Alckmin recebeu do estilista Figueiredo: o montante dessa doação do estilista Rogério Figueiredo é de 2 milhões, e isso caracteriza doação irregular, improbidade administrativa, corrupção. Lu Alckmin é a nossa Imelda. A sua filha, Sofia Alckmin, é diretora da Daslu, responsável pelo setor de novos negócios, e a dona da Daslu, a Eliana Tranchesi, já ficou presa na PF, acusada de formação de quadrilha, contrabando, sonegação fiscal. Essa megaloja do luxo, que sonega também os impostos estaduais, foi inaugurada pelo Alckmin: ele ama tudo isso. Alckmin é incompetente, deixou SP dominada pelo medo, pela violência dos ataques do PCC. Alckmin deixou os presídios de SP tal qual as masmorras medievais, sucateou o equipamento das polícias, diminuiu o contingente da PM, arrochou os salários das polícias militar e civil: um delegado em SP tem o segundo pior salário do país. Nunca houveram tantas fugas, rebeliões e mortes nas prisões e na FEBEM como nos anos de Alckmin governador. A violência em SP cresceu assustadoramente no governo Alckmin; cresceram os seqüestros, assaltos, furtos e assassinatos de policiais. Não poderia ser diferente, tal a incompetência de um governo que recusa reforços do governo Federal e prefere fazer acordos com os bandidos. Alckmin tem ódio, nojo e medo é de que descubram mais corrupção no seu governo. Por isso ele e o PSDB/PFL engavetaram 69 CPIs que iriam investigar as irregularidades e os desvios do dinheiro público em seu governo. Ele tinha ânsias de nojo quando falavam em instalar CPI. Alckmin tem inveja de FHC, por este ter tido mais tempo para praticar a corrupção e a incompetência do que ele próprio: foram 8 anos, responsáveis pelo maior desemprego que o país já viveu, pelo apagão, pelo caos econômico e social. Durante 8 anos também foram engavetadas todas as CPIs que iriam investigar as corrupções e as maracutaias das privatizações, do PROER dos bancos, da compra de deputados para aprovar a emenda da reeleição. Alckmin, além de se odiar, deveria odiar também o PSDB, que – como está comprovado – é o partido das sanguessugas das ambulâncias desde 1994. Alckmin tinha Emerson Kapaz como arrecadador da campanha dele, e Kapaz está na lista dos sanguessugas. O dono da Planam contou que Kapaz apresentou emendas ao Orçamento destinando R$ 1,6 milhão para compra de ambulâncias em dez municípios, e apresentou à Justiça os números de dois cheques que teriam sido usados para pagar a propina ao então deputado, totalizando R$ 52 mil. Segundo Vedoin, Kapaz pediu a ele que o dinheiro fosse repassado por meio de uma operação triangular e transferido para cinco contas, entre elas a de Laura Mosiasson, sua mulher na ocasião. Laura Mosiasson confirmou: “V ocê e eu sabemos que houve. Houve esse depósito. Tá Bom?”, disse ela a Catia Seabra, na Folha de S. Paulo (26/7). O dono da Planam, Luiz Antonio Vedoin, mais conhecido como o chefe da "quadrilha dos sanguessugas" revelou que torcia para que o candidato tucano a presidente da República em 2002, o ex-ministro da Saúde José Serra, saísse vitorioso. Desta forma, disse ele, não teria problemas para receber R$ 8 milhões devidos a suas empresas, como normalmente ocorria no governo Fernando Henrique Cardoso. O infeliz acreditava que o candidato José Serra iria vencer as eleições do ano de 2002 e que, desse modo, as emendas iriam ser pagas normalmente, como continuidade natural do governo Fernando Henrique Cardoso. Alckmin aprendeu muito bem a mentir como Serra, que prometeu, jurou que não abandonaria a prefeitura de SP, registrou documento em cartório comprometendo-se a ficar na prefeitura até o fim do mandato de 4 anos e renunciou pouco depois de 1 ano, sem o menor pudor. Alckmin disse que quem for corrupto tem que ser expulso do partido, que ele expulsaria. Mentiu: o Azeredo do PSDB, pai do valérioduto, que comprovadamente usou caixa 2 das estatais de MG em 1998, continua senador, continua no PSDB, e é prestigiado por todos do PSDB, inclusive por Alckmin. Alckmin mente quando diz que tem ódio da incompetência: a prova disso é que seu vice é José ‘Apagão’ Jorge, o ministro responsável pelo apagão do governo de FHC. Mente quando diz que tem nojo da corrupção: toda a corrupção descoberta em seu governo revela que ele tem imenso apreço pela corrupção e pelos corruptos. Ele ama tudo isso!
Jussara Seixas