“Até agora, o governo não fez nada pra nos proteger”
Presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, José Rinaldo Machado afirma que ainda não sabe o que o governo estadual está fazendo para dar segurança aos agentes penitenciários. Até agora, seis foram assassinados e dois estão hospitalizados.
Bia Barbosa – Carta Maior
SÃO PAULO – Somente em 2006, foram 142 rebeliões no sistema prisional paulista, que fizeram centenas de reféns e deixaram mais de 350 feridos graves. Na última rebelião em Presidente Venceslau, a 620 quilômetros de São Paulo, por exemplo, cinco presos foram decapitados. Para “cuidar” de 143 mil detentos – somando as unidades sob a responsabilidade da Secretaria de Administração Penitenciária e da Secretaria de Segurança Pública – 22 mil agentes de segurança. Em maio, quando ocorreu a primeira onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), nove agentes foram assassinados. Nas últimas semanas, mais seis deles foram mortos, muitos na porta de suas casas.