31/07/2006 - 11:40 Lula em Porto Alegre: "A oposição não entende o povo"
Durante comício realizado na noite de sábado (29), em Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, desafiou a oposição a debater as realizações de seu governo.
“Quero debater qualquer tema. Educação, saúde, geração de empregos, economia. Aí vamos ver se tem comparação entre o que este governo realizou e o que eles realizaram”, afirmou Lula, arrancando aplausos do público que lotou o ginásio Gigantinho.
Lula citou vários exemplos de como o Brasil avançou nos últimos três anos e meio. Para ele, o brasileiro não só compreendeu isso, como também sente diretamente os benefícios desse processo, ao contrário da oposição. “Mas ela não entende o povo mesmo”, afirmou.
O presidente lembrou do momento "excepcional" que o Brasil vive na economia. “Pela primeira vez estamos crescendo com inflação baixa, juros em queda e exportação, geração de empregos e salários em alta”.
Isso, segundo ele, está frustrando a oposição, “que achava que um metalúrgico não teria condições de dirigir o país”. Criticando o “ódio e o preconceito” contra o PT, Lula conclamou os militantes a levantar a cabeça. “Não podemos aceitar calados ataques de gente que nunca teve a mínima postura ética na vida”.
Falando das propostas para o segundo mandato, o candidato da coligação A Força do Povo se deteve mais na área da educação, citando o Rio Grande do Sul como parâmetro de desenvolvimento a partir desse tema.
“É um dos Estados mais politizados do Brasil, senão o mais politizado”, disse o presidente, atribuindo essa característica ao fato de que grande parte da população gaúcha sempre teve acesso à educação. "E é esse exemplo que quero para todo o país”.
A criação de dez universidades federais - número que igualou o recorde anterior, pertencente ao presidente Juscelino Kubitschek - a expansão de cursos universitários para vários pontos do interior do país e a reativação das escolas técnicas foram alguns dos exemplos que Lula citou ao reafirmar o seu compromisso com a educação pública.
“Educação não é gasto, é investimento na formação do povo. E meu governo vai continuar investindo mais e mais nessa área, porque o salto de qualidade que o país vai dar nos próximos anos passa necessariamente pela educação”.
Além da educação, Lula afirmou que o desenvolvimento econômico com geração de empregos e inclusão social serão os “pilares” de um segundo mandato.
Nesse sentido, reafirmou que o Brasil já avançou muito, citando a geração de mais seis milhões de novos empregos, os avanços na reforma agrária, os 11 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e os 3 milhões de brasileiros contemplados pelo Programa Luz para Todos.
Lula também falou sobre o novo modelo de distribuição e geração de energia elétrica. “Mesmo com toda essa estiagem, não teve apagão no Rio Grande do Sul. Nem em nenhuma outra parte do país”.
Em um dos momentos mais aplaudidos do comício, Lula brincou com o público ao recordar que, em campanhas passadas, sempre apareciam faixas pedindo a expulsão do FMI do país.
“Cadê as faixas? Cadê o fora FMI?", perguntou para, em seguida, acrescentar que o Brasil quitou a sua dívida com o FMI sem alarde e de forma pacífica. “Cumprimos a totalidade dos compromissos assumidos com o país”, concluiu.
Com informações do site da campanha (www.lulapresidente.org.br)