10 junho 2006

Transnordestina vai reduzir custos de transporte da produção do Nordeste

O governo federal autorizou este mês a construção da ferrovia Nova Transnordestina que vai ligar Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém, no Ceará e Suape, em Pernambuco. Serão 1.800 quilômetros de extensão, sendo 650 km de novas ferrovias e 1.100 de remodelação. A ferrovia vai permitir o redirecionamento do transporte de cargas para portos que foram modernizados, o que irá reduzir os custos logísticos para escoamento da produção de agrícola e industrial das regiões Nordeste e Centro-Oeste do país.

Serão investidos, ao todo, R$ 4,5 bilhões com recursos da iniciativa privada e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE). As obras serão feitas sob a responsabilidade da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e vão gerar 70 mil empregos.

A Transnordestina será reconstruída no trecho Suape - Salgueiro (PE), com 550 quilômetros de extensão, readequada no trecho Pecém - Missão Velha (CE) com 600 quilômetros e construída nos trechos Missão Velha - Salgueiro (100 km) e Salgueiro - Eliseu Martins (546 km).

Atualmente, for falta de uma estrutura logística de transporte adequada, o que se produz nas regiões por onde a ferrovia vai passar é escoado por via rodoviária, o que aumenta os custos de produção.

Estima-se que em 2010, quando a ferrovia estiver em pleno funcionamento, serão transportadas 15 milhões de toneladas de grãos provenientes do sudeste do Piauí, do sul do Maranhão, e do oeste da Bahia, além de frutas dos pólos irrigados do rio São Francisco na Bahia e em Pernambuco e de gesso de Arararipe, em Pernambuco. Isso representará, pelo menos, mais US$ 2 bilhões à balança comercial brasileira, a adoção de um modelo gerencial moderno, o desenvolvimento de novos pólos de desenvolvimento e a consolidação de indústrias locais. A Transnordestina ainda será uma opção para o transporte do biodiesel.

Números da ferrovia
  • Terá 1.800 quilômetros de extensão, ligando Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE);
  • Vai gerar 70 mil empregos durante a sua construção;
  • Vai custar R$ 4,5 bilhões investidos com recursos da iniciativa privada e públicos;
  • Vai transportar 15 milhões de toneladas de grãos, frutas e gesso provenientes do Maranhão Piauí e Bahia.