TCU DERRUBA UMA DAS PRINCIPAIS DENÚNCIAS DA CPMI DOS CORREIOS. MAS A MAIORIA DOS JORNAIS ESCONDE A NOTÍCIA
19 de Junho de 2006 às 08:08 · admin · Arquivado sob Notícias
Apenas dois jornais – Folha de S.Paulo e O Globo -, durante o fim de semana prolongado, registraram a decisão unânime do TCU (Tribunal de Contas da União) que elimina uma das principais acusações da CPMI dos Correios, – a de que os negócios entra a Caixa Econômica Federal e o BMG serviram para fazer caixa para o esquema do publicitário Marcos Valério que, por sua vez, abasteceu o mensalão.
No sábado, a colunista Tereza Cruvinel escreveu que “o TCU considerou totalmente regular a operação de aquisição da carteira de crédito consignado do BMG pela Caixa Econômica Federal”. A decisão dos ministros, continua, foi “unânime” e acompanhou voto do relator, ministro Ubiratan Aguiar (ex-deputado pelo PSDB), julgando improcedente a representação de um procurador e do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “Este foi um dos tambores da oposição na CPI dos Correios”, lembra a colunista.
A Folha de S.Paulo diz o mesmo na reportagem assinada por Marta Salomon, de sábado passado, “Operação entre BMG e Caixa foi legal, diz TCU”, e detalha:
“Menos de seis meses depois de uma auditoria do TCU apontar ‘claro favorecimento’ ao BMG em operações com a Caixa, os ministros do tribunal decidiram avalizar os negócios que garantiram a um dos bancos envolvidos no esquema do mensalão lucro imediato de cerca de R$ 120 milhões.”“Entre dezembro de 2004 e setembro de 2005, a Caixa fez seis operações de compra de carteiras de empréstimos a aposentados do BMG. Pagou por elas R$ 1,09 bilhão.”“O lucro do banco mineiro é quatro vezes o valor repassado pelo BMG a empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, que administrou o caixa dois do PT. O BMG alimentou o ‘valerioduto’ com cerca de R$ 26 milhões, de fevereiro de 2003 a julho de 2004.”“A recente decisão do TCU não anula as investigações em curso sobre supostos favorecimentos ao BMG. Mencionados na primeira fase da denúncia, eles representam uma das principais linhas de investigação da segunda fase do inquérito comandado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.”
Todos os demais jornais esconderam a decisão dos seus leitores. Por que será?
Alceu Nader
19 de Junho de 2006 às 08:08 · admin · Arquivado sob Notícias
Apenas dois jornais – Folha de S.Paulo e O Globo -, durante o fim de semana prolongado, registraram a decisão unânime do TCU (Tribunal de Contas da União) que elimina uma das principais acusações da CPMI dos Correios, – a de que os negócios entra a Caixa Econômica Federal e o BMG serviram para fazer caixa para o esquema do publicitário Marcos Valério que, por sua vez, abasteceu o mensalão.
No sábado, a colunista Tereza Cruvinel escreveu que “o TCU considerou totalmente regular a operação de aquisição da carteira de crédito consignado do BMG pela Caixa Econômica Federal”. A decisão dos ministros, continua, foi “unânime” e acompanhou voto do relator, ministro Ubiratan Aguiar (ex-deputado pelo PSDB), julgando improcedente a representação de um procurador e do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “Este foi um dos tambores da oposição na CPI dos Correios”, lembra a colunista.
A Folha de S.Paulo diz o mesmo na reportagem assinada por Marta Salomon, de sábado passado, “Operação entre BMG e Caixa foi legal, diz TCU”, e detalha:
“Menos de seis meses depois de uma auditoria do TCU apontar ‘claro favorecimento’ ao BMG em operações com a Caixa, os ministros do tribunal decidiram avalizar os negócios que garantiram a um dos bancos envolvidos no esquema do mensalão lucro imediato de cerca de R$ 120 milhões.”“Entre dezembro de 2004 e setembro de 2005, a Caixa fez seis operações de compra de carteiras de empréstimos a aposentados do BMG. Pagou por elas R$ 1,09 bilhão.”“O lucro do banco mineiro é quatro vezes o valor repassado pelo BMG a empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, que administrou o caixa dois do PT. O BMG alimentou o ‘valerioduto’ com cerca de R$ 26 milhões, de fevereiro de 2003 a julho de 2004.”“A recente decisão do TCU não anula as investigações em curso sobre supostos favorecimentos ao BMG. Mencionados na primeira fase da denúncia, eles representam uma das principais linhas de investigação da segunda fase do inquérito comandado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.”
Todos os demais jornais esconderam a decisão dos seus leitores. Por que será?
Alceu Nader