26/06/2006 - 17:06
IBGE: Peso de exportações no faturamento das empresas quase dobrou
A participação das exportações no faturamento das indústrias brasileiras praticamente dobrou entre 1996 e 2004, passando de 10,8% para 20,4%. No período, o número de empresas exportadoras também cresceu: de 8,4 mil para 11,3 mil.
Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2004, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, dos 95 segmentos analisados, 85 ampliaram a receita proveniente de exportações.
O chefe da coordenação da indústria do IBGE, Silvio Salles, disse que esse desempenho trouxe impacto para outras áreas. "Houve um avanço generalizado, as exportações contribuíram de maneira crescente no total do faturamento das empresas e rebateram outros indicadores, como participação no valor de transformação industrial (tudo o que foi produzido pela indústria no período), geração de empregos e massa de salário", disse.
A pesquisa classificou as indústrias de acordo com o impacto das exportações sobre a receita total. Em 1996, as grandes empresas foram responsáveis por 74,1% do total das exportações, passando a responder por 80,8% em 2004. No período, a participação das empresas médias caiu de 20,7% para 13,7%, enquanto a de pequenas companhias manteve-se estável em 5%.
O estudo mostra que as vendas ao exterior estão concentradas nos setores que compõem o grupo de alta intensidade exportadora, como extração mineral, celulose, siderurgia, armas e equipes militares, aviões e óleos vegetais, legumes e grutas processados. Em 2004, eles concentraram 60,9% do percentual total exportado no país - em 1996, esse índice correspondia a 54%.
Dentre as grandes empresas, os segmentos que apresentaram maior volume de exportação em 2004 foram: óleos vegetais e animais (9,8% no total das vendas ao exterior); carnes e pescados (9,5%); ferro e siderurgia (8,4%); e automóveis, caminhonetes e utilitários (7,7%). Também tiveram destaque as vendas dos setores de extração mineral (7,1%) e de produtos derivados do petróleo (6,9%).
Em 2004, empresas de média-baixa e baixa exportação, apesar de concentrarem cerca de 66% das empresas exportadoras, respondiam a 31% do total das exportações industriais. Ainda assim, foram responsáveis por 62,5% da receita da indústria; por 64,4% do pessoal ocupado; e por 67,2% dos salários pagos. Neste grupo estão incluídas as empresas de artigos de vestuário, acessórios e produtos de plástico, por exemplo.
A pesquisa mostra, ainda, que houve aumento no número de pessoas ocupadas nessas indústrias. No período, esse indicador passou de 17,2% para 20,7%. Em 2004, o indicador subiu 7% na comparação com o ano anterior, chegando a 6,4 milhões de trabalhadores. O salário pago também teve aumento entre 1996 e 2004: de 16,1% para 22,7%.
Agência Brasil
A participação das exportações no faturamento das indústrias brasileiras praticamente dobrou entre 1996 e 2004, passando de 10,8% para 20,4%. No período, o número de empresas exportadoras também cresceu: de 8,4 mil para 11,3 mil.
Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2004, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, dos 95 segmentos analisados, 85 ampliaram a receita proveniente de exportações.
O chefe da coordenação da indústria do IBGE, Silvio Salles, disse que esse desempenho trouxe impacto para outras áreas. "Houve um avanço generalizado, as exportações contribuíram de maneira crescente no total do faturamento das empresas e rebateram outros indicadores, como participação no valor de transformação industrial (tudo o que foi produzido pela indústria no período), geração de empregos e massa de salário", disse.
A pesquisa classificou as indústrias de acordo com o impacto das exportações sobre a receita total. Em 1996, as grandes empresas foram responsáveis por 74,1% do total das exportações, passando a responder por 80,8% em 2004. No período, a participação das empresas médias caiu de 20,7% para 13,7%, enquanto a de pequenas companhias manteve-se estável em 5%.
O estudo mostra que as vendas ao exterior estão concentradas nos setores que compõem o grupo de alta intensidade exportadora, como extração mineral, celulose, siderurgia, armas e equipes militares, aviões e óleos vegetais, legumes e grutas processados. Em 2004, eles concentraram 60,9% do percentual total exportado no país - em 1996, esse índice correspondia a 54%.
Dentre as grandes empresas, os segmentos que apresentaram maior volume de exportação em 2004 foram: óleos vegetais e animais (9,8% no total das vendas ao exterior); carnes e pescados (9,5%); ferro e siderurgia (8,4%); e automóveis, caminhonetes e utilitários (7,7%). Também tiveram destaque as vendas dos setores de extração mineral (7,1%) e de produtos derivados do petróleo (6,9%).
Em 2004, empresas de média-baixa e baixa exportação, apesar de concentrarem cerca de 66% das empresas exportadoras, respondiam a 31% do total das exportações industriais. Ainda assim, foram responsáveis por 62,5% da receita da indústria; por 64,4% do pessoal ocupado; e por 67,2% dos salários pagos. Neste grupo estão incluídas as empresas de artigos de vestuário, acessórios e produtos de plástico, por exemplo.
A pesquisa mostra, ainda, que houve aumento no número de pessoas ocupadas nessas indústrias. No período, esse indicador passou de 17,2% para 20,7%. Em 2004, o indicador subiu 7% na comparação com o ano anterior, chegando a 6,4 milhões de trabalhadores. O salário pago também teve aumento entre 1996 e 2004: de 16,1% para 22,7%.
Agência Brasil