20 junho 2006

19/06/2006 - 13:59

Caixa 2 tucano: PF confirma autenticidade da lista de Furnas
A Polícia Federal confirmou na última sexta-feira (15) a autenticidade da chamada lista de Furnas, documento que traz o nome de 156 políticos de 12 partidos que teriam recebido, ilegamente, R$ 40 milhões da da estatal Furnas Centrais Elétricas para campanhas eleitorais em 2002.
Todos os nomes da lista faziam parte da base aliada do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Entre os supostos beneficiados, 82 são do PSDB e do PFL, incluindo Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, hoje candidatos tucanos à presidência da Répública, ao governo de São Paulo e ao governo de Minas Gerais, respectivamente.
Na época, as três campanhas juntas teriam ficado com mais da metade do dinheiro do esquema: a campanha à Presidência de Serra teria recebido R$ 7 milhões, a reeleição de Alckmin R$ 9,3 milhões e a campanha de Aécio R$ 5,5 milhões.
O resultado da perícia concluiu que não se trata de uma montagem e que a assinatura é mesmo do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo. A Polícia Federal não confirma a autenticidade do conteúdo, mas adianta que já está investigando.
Em depoimento na CPI dos Correios, no dia 15 de fevereiro, Dimas Toledo havia dito que a lista era uma "montagem ou falsificação" e negou que a assinatura fosse sua.
Durante o depoimento, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), procurou desqualificar a lista, atribuindo ao lobista Nilton Monteiro sua autoria e relatando uma série de processos a que ele estaria respondendo na Justiça.
Ao invés de aprofundar as investigações sobre a lista, o relatório final da CPI pediu ao Ministério Público que investigasse Nilton Monteiro e o assessor da prefeitura de Belo Horizonte Luiz Fernando Carceroni.
Até o mês passado, Monteiro só tinha entregue uma cópia da cópia autenticada. Por isso, a PF a havia qualificado como falsa. Acusado de calúnia por 11 deputados estuaduais de Minas Gerais, Monteiro entregou os originais à PF no dia 5 de maio.Em depoimento à PF, em janeiro, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse que a lista é verdadeira e que recebeu R$ 75 mil.
Com agências