A HIPROCRISIA DA OPOSIÇÃO.
Como sempre alertei, o valérioduto, foi cria do PSDB, agora sendo oficializado pelo PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. Mas o valérioduto em 1998 com certeza não beneficiou somente o Azeredo, quem mais ele beneficiou do PSDB, do PFL e outros? Não seria Azeredo o único privilegiado por um esquema tão grande. Infelizmente alguns integrantes do PT usaram o esquema de Marcos Valério, para pagar despensas de campanha, muitos já pagaram pelo erro. E os outros das campanhas passadas, 1994, 1998 aonde o PSDB/PFL reinou absoluto no país, aonde todas as CPIs foram engavetadas pelo engavetador mor Geraldo Brindeiro? Esses que hoje fazem acusações, e muitas delas sem provas, acusações inverídicas, são ilibados, puros, castos, nunca usaram esquemas de arrecadação para caixa 2, dinheiro não contabilizado? Que dinheiro pagou os parlamentares que foram comprados para reeleição de FHC por R$200.000,00 per capita? Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. E as propinas das privatizações escusas? E os desvios do PROER? O escândalo do Sivam ? E as campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões. ? Tem também o economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Tudo isso e muito mais merecia ser investigado como foi investigado o PT, o governo Lula, mas eles fazem parte da direita, fazem parte da elite deste país, fazem parte do chamado grupo de "pessoas de bem".
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA
O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, nos autos do
Inquérito nº 2245 e no uso de suas atribuições constitucionais e legais, com
fundamento no artigo 129, inciso I, da Constituição Federal e no artigo 6º,
inciso V, da Lei Complementar n.º 75/93, vem oferecer
D E N Ú N C I A
Para a exata compreensão dos fatos, é preciso pontuar
que Marcos Valério é um verdadeiro profissional do crime, já tendo prestado
serviços delituosos semelhantes ao Partido da Social Democracia Brasileira –
PSDB em Minas Gerais, na eleição para Governador do hoje Senador Eduardo
Azeredo, realizada em 1998. fato que é objeto do inquérito nº 2280 em curso
perante essa Corte Suprema.
Como forma de ilustrar essa realidade, interessante
observar que a denunciada Simone Vasconcelos, principal operadora do
esquema dirigido por Marcos Valério, trabalhou na campanha eleitoral do
Senador Eduardo Azeredo em 1998 e foi indicada para Marcos Valério pelo
tesoureiro da campanha, Cláudio Mourão7.
6 Vide, entre outros, depoimento de Marcos Valério (fls. 728/729, especialmente: “Que,
a atuação na área de publicidade de um modo geral envolve a submissão a interesses
políticos, sem o que as empresas não sobrevivem nesse mercado; (...) Que, nos termos já
consignados no depoimento anterior, o declarante, assim como todos os profissionais da
área de publicidade, sempre objetivam participar, da forma mais próxima possível, dos
partidos políticos e candidatos com maior possibilidade de eleição.” ).
7 Vide, entre outros, depoimento de Simone Vasconcelos (fl. 588, especialmente: “QUE
foi indicada para trabalhar na SMP&B pelo ex-Secretário de Administração do Governo
do Estado de Minas Gerais CLÁUDIO ROBERTO MOURÃO; (...) Que trabalhou durante
dois meses na campanha política do candidato à reeleição ao Governo do Estado de
Minas Gerais, EDUARDO AZEREDO, em um comitê que era coordenador pelo ex-
Secretário de Administração CLÁUDIO ROBERTO MOURÃO; Que foi apresentada a
MARCOS VALÉRIO por CLÁUDIO ROBERTO MOURÃO.”).