18/04/2006 - Dívida externa brasileira cai US$ 10 bi
A dívida externa brasileira teve seu valor reduzido em US$ 10 bilhões, segundo levantamento divulgado hoje (18) pelo Tesouro Nacional. O total da dívida passou de US$ 75,9 bilhões, em dezembro, para US$ 65 bilhões, uma redução de 14%.
Somando outros US$ 3,6 bilhões que já foram recomprados pelo Banco Central, o programa conseguiu abater US$ 10,2 bilhões de um total de US$ 20 bilhões previstos até o fim do ano. Quando considerados os juros que seriam pagos, a economia no serviço da dívida é de US$ 14,7 bilhões. A operação faz parte do programa de recompra de títulos da dívida com vencimento até 2010.
O principal motivo foi o resgate de US$ 6,6 bilhões de títulos, segundo o secretário adjunto do Tesouro, José Antonio Gragnani. Os títulos resgatados foram os de tipo Brady – batizados assim por terem sido emitidos como parte de um plano de Nicholas Brady, secretário de Tesouro dos Estados Unidos em 1989. O chamado Plano Brady era uma forma do governo dos Estados Unidos apoiar a renovação de títulos dos governos latino-americanos que haviam feito uma moratória de sua dívida externa – entre eles, Brasil e México. "Dessa forma, o estoque da dívida externa fica praticamente empatado com o volume de reservas internacionais que nós temos", observou Gragnani. Embora haja expectativa de melhora na apreciação das agências de classificação de risco sobre o Brasil, o secretário do Tesouro Carlos Kawall disse que não basta essa "faxina" para o país adquirir o cobiçado "grau de investimento", que dá sinal verde para empresas internacionais investirem.
"O grau de investimento não depende só desse ponto. A vulnerabilidade e o câmbio já foram eliminados. O desafio agora é sobre o perfil da dívida interna", comentou o secretário, ao afirmar que as agências de risco apresentam, em seus relatórios, preocupação referente às altas taxas de juros. Para recomprar os Bradies, o governo utilizou US$ 5,7 bilhões das reservas internacionais brasileiras e US$ 840 milhões já haviam sido adquiridos pelo Tesouro Nacional no mercado.
As informações são da Agência Brasil.
A dívida externa brasileira teve seu valor reduzido em US$ 10 bilhões, segundo levantamento divulgado hoje (18) pelo Tesouro Nacional. O total da dívida passou de US$ 75,9 bilhões, em dezembro, para US$ 65 bilhões, uma redução de 14%.
Somando outros US$ 3,6 bilhões que já foram recomprados pelo Banco Central, o programa conseguiu abater US$ 10,2 bilhões de um total de US$ 20 bilhões previstos até o fim do ano. Quando considerados os juros que seriam pagos, a economia no serviço da dívida é de US$ 14,7 bilhões. A operação faz parte do programa de recompra de títulos da dívida com vencimento até 2010.
O principal motivo foi o resgate de US$ 6,6 bilhões de títulos, segundo o secretário adjunto do Tesouro, José Antonio Gragnani. Os títulos resgatados foram os de tipo Brady – batizados assim por terem sido emitidos como parte de um plano de Nicholas Brady, secretário de Tesouro dos Estados Unidos em 1989. O chamado Plano Brady era uma forma do governo dos Estados Unidos apoiar a renovação de títulos dos governos latino-americanos que haviam feito uma moratória de sua dívida externa – entre eles, Brasil e México. "Dessa forma, o estoque da dívida externa fica praticamente empatado com o volume de reservas internacionais que nós temos", observou Gragnani. Embora haja expectativa de melhora na apreciação das agências de classificação de risco sobre o Brasil, o secretário do Tesouro Carlos Kawall disse que não basta essa "faxina" para o país adquirir o cobiçado "grau de investimento", que dá sinal verde para empresas internacionais investirem.
"O grau de investimento não depende só desse ponto. A vulnerabilidade e o câmbio já foram eliminados. O desafio agora é sobre o perfil da dívida interna", comentou o secretário, ao afirmar que as agências de risco apresentam, em seus relatórios, preocupação referente às altas taxas de juros. Para recomprar os Bradies, o governo utilizou US$ 5,7 bilhões das reservas internacionais brasileiras e US$ 840 milhões já haviam sido adquiridos pelo Tesouro Nacional no mercado.
As informações são da Agência Brasil.