Eu digo sempre que eu não tenho inveja, essa palavra não faz parte do meu vocabulário e muito menos dos meus sentimentos, eu tenho admiração. Admiro pessoas inteligentes como esse leitor, Marcos Loures, que deixou este texto maravilhoso, lúcido, verdadeiro, no blog Lula Presidente 2006. Obrigada Marcos por ter me dado este presente, que eu faço questão de dividir com todos.
Jussara
Interessante para quem acompanha o desenrolar dessa trama à mexicana armada em Brasília, é o papel representado por dois protagonistas da mesma; uma dupla que, num momento selaram, com um "selinho" uma das cenas mais inusitadas e inesperadas de tudo isso.A Senadora Heloísa Helena que, a cada intervenção da canalha oposicionista, é citada por pessoas de um "gabarito" de Árthur Virgílio, Álvaro Dias, ACM, Agripino Maia, Mão Santa, Heráclito, entre outros, vocifera a esmo, atingindo, tal qual fosse uma metralhadora sem rumo, tudo que possa representar o Governo Lula, segundo ela, o traidor.Isso tem me feito pensar até que ponto, ela crê que seus novos aliados, têm por ela alguma simpatia ou respeito; até que ponto nutrem por ela qualquer admiração. A "ingenuidade" da mesma me traz, de memória, fatos que podem explicar isso...Exite aquela máxima - o escravo adora o escravizador e o chicote e, parece que isso é o que está ocorrendo, já que o caráter da mesma, me parece ilibado; no que, francamente, quero crer. A outra hipótese seria, medicamente falando, um quadro de idiotia que, diferentemente do vulgo, quer dizer, oligofrenia.A senadora, oriunda da terra dos coronéis, subconscientemente, deve sentir orgulho, quando citada por esses, os escravizadores do seu povo. O chicote pode ter deixado marcas indeléveis na formação da personalidade da cara senadora que, repito, creio íntegra.Nada, além disso, me faz crer que a faria endossar o coro de tão nefastas personagens de nossa história. O outro personagem dessa opereta de quinta, é o Senador Eduardo Suplicy; cuja dificuldade de concatenar idéias e ser objetivo já era citada por Paulo Francis que o chamava de Eduardo 'Mogandon' Suplicy, algo como se fosse Eduardo 'Diazepam' Suplicy. O caso desse querido senador é tocante. Um homem de origem nas elites paulistas, vindo de uma das famílias mais ricas e tradicionais de Sampa, com seus sonhos de um país justo mas, talvez, com a inerente marca da elite intelectual uspiana em sua formação, de excelência teórica, mas primáriedade na prática, ao ser bajulado pela mesma oposição, que o mesmo por "ingenuidade" crê ser formada por cidadãos da mesma firmeza de caráter do querido senador, é, via de regra, envolvido pela mesma canalha supracitada.Não creio em desvio de caráter das duas eminentes personagens citadas acima, nem quero crer nisso.A idiotia tb passa longe, já que ambos são professores universitários, se bem que alguém já citou antes "quem sabe faz, quem não sabe, ensina"; esse ditado estúpido, pelo menos nesse caso parece se confirmar.O famoso beijo trocado entre ambos, há algum tempo atrás, era a premonição dessa aliança que, acredito ser baseada na falta de malícia de ambos, extremos tocados por atos e concepções idênticas sobre a vida, curiosamente irmanados pelos mesmos motivos. A utilização direta e indireta de ambos pelas raposas velhas, coronéis de sempre e neocrápulas do antigo desgoverno anterior.Espero, francamente, que ambos acordem e, em pleno acordo com seus mais remotos e longínquos ideais, passem para a História, cruel Juíza, da qual nada escapa, com uma imagem melhor do que a de dois servos, mesmo inconscientes, dessa oligarquia imunda, que há tempos, devora esse país.