25 novembro 2005

10 MIL EM PROTESTO EM PORTO ALEGRE CONTRA O GOVERNO RIGOTTO

25/11/2005 - Marcha deve reunir 10 mil em Porto Alegre em protesto contra governo Rigotto

Cerca de 10 mil pessoas estão sendo esperadas hoje, na capital gaúcha, para a Marcha dos Sem. Organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), a 10ª edição do evento, que vai pedir redução da jornada e investimentos nos serviços públicos, deve começar às 9 horas, desmembrada em colunas, em direção à região central da cidade.Segundo os organizadores, uma coluna sairá do Viaduto José Eduardo Utzig, na zona norte, chegando ao centro pelas avenidas Benjamin Constant, Cristóvão Colombo e Alberto Bins. Composta por trabalhadores da zona norte da capital e das cidades de Cachoeirinha, Gravataí e Alvorada, na região metropolitana, essa coluna, formada por integrantes de movimentos ligados à luta pela moradia, vai reivindicar mais segurança, saúde e educação pública. Outro grupo sairá do Monumento ao Laçador, na entrada da cidade, chegando ao centro pelas avenidas Farrapos, Voluntários da Pátria e Coronel Vicente. Composta por trabalhadores da Serra, do Vale dos Sinos e das regiões Planalto e Centro do estado, a coluna vai pedir mudanças na política econômica, redução da jornada de trabalho e valorização do salário mínimo.O posto da Receita Estadual, próximo à ponte do Guaíba, será o ponto de partida da terceira coluna, que se dirigirá à região central pelas avenidas Castelo Branco, Mauá e Coronel Vicente. Formada por trabalhadores da zona sul do estado e da fronteira, com militantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), a coluna vai reivindicar acesso à terra, moradia e trabalho. Todos os grupos vão se encontrar em frente à agência do Banco Central, na Avenida Alberto Bins, onde será realizado um ato de protesto. Em seguida, eles irão para a Praça da Matriz, onde a manifestação será encerrada em frente à sede do governo gaúcho.Segundo o assessor de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), João dos Santos e Silva, outras categorias de trabalhadores farão manifestações no dia da Marcha dos Sem em Porto Alegre. Elas começam de manhã com os bancários. À tarde, a Via Campesina fará um protesto contra ingresso de milho transgênico no Rio Grande do Sul, via contrabando. Depois do encerramento da marcha, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia também realiza um ato de protesto pela liberação de recursos para aquisição de moradia popular. A Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), que vai protestar contra o baixo valor pago pelo leite e pelo trigo, vai cobrar do governo do Estado a liberação do seguro agrícola e mais recursos para a habitação rural.Os professores e funcionários de escolas estaduais passarão à noite em vigília na Praça da Matriz, somando-se ao movimento. Eles irão realizar um dia de paralisação em protesto contra a política salarial do governo do Estado. Junto com os estudantes, os professores formam a quarta coluna da caminhada nas principais ruas da capital gaúcha.

Agência Brasil