TESTEMUNHA DE ACUSAÇÕA INOCENTA
O DEPUTADO DIRCEU.
Kátia prestou depoimento no Conselho de Ética como testemunha de acusação no processo de quebra de decoro contra o deputado José Dirceu (PT-SP).Segundo Kátia, Valério teria intermediado o contato de executivos do Rural com o então ministro da Casa Civil. A executiva disse ter participado, junto com outro diretor do Banco Rural, de um jantar com Dirceu em 6 de agosto de 2004, em Belo Horizonte. Nesse encontro, um dos assuntos tratados foi a liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco, comprado posteriormente pelo Banco Rural, mas Kátia garantiu que o então ministro não fez promessas ao banco.Sobre o empréstimo de R$ 9 milhões concedido a uma das agências de Valério para beneficiar o PSDB em 1998, Kátia disse que a dívida foi executada (cobrada em juízo).Uma das teses que as CPIs dos Correios e do Mensalão investigam é de que os empréstimos de Valério, que teriam o PT como beneficiário indireto, eram concedidos porque o banco obteria benefícios junto ao governo.PetrosO deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) perguntou se as boas relações com o governo, por causa da intermediação de Marcos Valério, teriam alguma relação com os R$ 5,2 milhões investidos no Rural, no início de 2003, pela Petros, fundo de pensão da Petrobras.Esse investimento, segundo o deputado, chegou a R$ 24,5 milhões no segundo semestre do mesmo ano. Conforme o tucano, a Petros nunca havia investido no Banco Rural durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Kátia respondeu que o banco fez um estudo sobre a soma dos investimentos de órgãos ligados ao governo federal nos governos FHC e Lula. Segundo ela, não foram encontradas variações em relação ao total dessas aplicações. "O que houve foi uma ligeira queda", disse a executiva.Com Agência Câmara